A ex-presidente cassada Dilma Rousseff (PT) confirmou nesta quinta-feira, 28, que irá se candidatar ao Senado por Minas Gerais nas eleições 2018. Essa foi a primeira vez que petista falou como pré-candidata, desde que transferiu, em abril, o domicílio eleitoral para o estado onde nasceu.
“Eu não vou me furtar a participar de uma luta do ponto de vista eleitoral”, explicou a petista, argumentando que a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso pela Operação Lava Jato, além do processo de impeachment sofrido em 2016, foram os motivos que pesaram na decisão.
“Essas eleições serão muito importantes, pois elas podem interromper um processo de golpe, de deterioração das condições econômicas, políticas, sociais e civilizatórias”, afirmou.
Governo
Dilma também é cotada para disputar o governo do estado, em substituição ao atual mandatário, Fernando Pimentel (PT), pré-candidato à reeleição, mas fragilizado por investigações e pela crise financeira de Minas Gerais. Em público, a ex-presidente tem recusado a possibilidade, que é cogitada por lideranças petistas como forma de evitar uma derrota no único estado das regiões Sul e Sudeste governado pelo partido.
A especulação já provocou uma reação do outro lado, representado pelo ex-governador e senador Antonio Anastasia (PSDB). Em entrevista recente, Anastasia alfinetou Dilma por não morar em Minas desde a juventude.
“Lembro muito na eleição para governador de Minas de 2014, o nosso candidato [do PSDB], o Pimenta da Veiga, foi muito acusado pelo PT com o argumento de que estaria ausente de Minas Gerais há oito ou dez anos. Ela [Dilma] está ausente há 40 anos. Não sei como o povo vai encarar isso”.