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PT mineiro cogita Dilma como ‘plano B’ a Fernando Pimentel

Em suas redes sociais, porém, ex-presidente rechaçou possibilidade de substituir o governador, que é réu no STJ e sofre desgaste com funcionalismo

Por Estadão Conteúdo 21 jun 2018, 13h56

Lideranças do PT de Minas Gerais admitem a possibilidade de substituir o governador Fernando Pimentel, pré-candidato à reeleição, pela presidente cassada Dilma Rousseff na disputa pelo governo do estado. A proposta é tratada nos bastidores do partido, que já fez sondagens com membros de legendas aliadas, mas sofre resistência da ex-presidente. Por ora, Dilma rejeita a ideia de assumir a candidatura a governadora. Ela é pré-candidata a senadora por Minas.

No próximo dia 28 de junho, a petista terá uma reunião com as bancadas estadual e federal do PT mineiro. Será a primeira grande reunião dela com o partido para falar sobre as eleições. A expectativa de lideranças importantes da sigla no estado é que uma possível candidatura dela ao governo estadual entre na pauta. “Nosso candidato ao governo é o (Fernando) Pimentel, com Dilma sendo nossa pré-candidata ao Senado, por enquanto. Vamos debatendo. O processo eleitoral é dinâmico”, disse o deputado petista Reginaldo Lopes (MG).

Segundo o parlamentar, esse debate interno “ainda” não começou, mas a decisão final será de Pimentel. A ex-presidente mudou seu domicílio eleitoral do Rio Grande do Sul para Minas Gerais no limite do prazo legal, a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dilma soube das articulações por meio da imprensa. Em suas redes sociais, ela rechaçou qualquer possibilidade de assumir o lugar de Pimentel, seu amigo pessoal desde a adolescência, na disputa estadual.

Sem saber que a possibilidade é cogitada por seus próprios companheiros de partido, Dilma classificou a articulação como “fake news” e atribuiu os boatos aos adversários. “Não há hipótese de eu ser candidata ao governo de Minas. É a própria fake news dos interessados em evitar uma nova derrota nas urnas, como em 2014”, escreveu a presidente cassada.

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Auxiliares de Pimentel rejeitam a ideia de substituição e dizem que a possibilidade de o governador não ser candidato à reeleição é menor do que a de Dilma ser barrada na disputa ao Senado. Dirigentes petistas, no entanto, confirmam a articulação e citam o nome do empresário Josué Gomes da Silva (PR), filho do ex-vice-presidente José Alencar, como alternativa.

Em caráter reservado, integrantes da direção do PT mineiro disseram temer que o desgaste de Pimentel leve a sigla ao isolamento em Minas Gerais. A avaliação é que Dilma seria uma “tábua se salvação” para o partido, já que ela estaria bem colocada nas pesquisas feitas para consumo interno.

O governador enfrenta forte desgaste tanto pelas acusações que responde na Justiça quanto pela avaliação de sua gestão. Ele é réu em ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suposto caixa dois na campanha eleitoral de 2014. Além disso, nos últimos meses, o governador virou alvo de setores importantes do funcionalismo, como os professores, devido a atrasos no pagamento de salários.

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Pimentel também enfrenta atritos com prefeitos mineiros, inclusive de partidos de sua base na Assembleia Legislativa, por falta de repasses aos municípios. Ele não compareceu ao 35º Congresso da Associação Mineira de Municípios, realizado nesta quarta-feira, 20, em Belo Horizonte. O nome do governador foi vaiado pelo público do evento formado por prefeitos, vice-prefeitos e vereadores quando o mestre de cerimônias anunciou sua ausência. Ele foi o único pré-candidato ao governo a faltar.

Um dia antes, Pimentel estava em São Paulo, onde almoçou com o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad e com o ex-ministro Walfrido Mares Guia em um bistrô francês no sofisticado bairro dos Jardins. Segundo interlocutores, o assunto do almoço foi a eleição presidencial.

Palanque

Apesar de comandar a máquina estadual, Fernando Pimentel ainda não conseguiu atrair partidos grandes e médios para sua coligação. O senador Antonio Anastasia, pré-candidato do PSDB ao governo, já articulou o apoio do PPS, PSD e PSC.

No próximo dia 26, o PTB deve anunciar oficialmente o apoio ao pré-candidato tucano ao governo de Minas. Já Pimentel está próximo apenas de PSDC e PMN. Procurada pela reportagem, a presidente do PT-MG, Maria Aparecida de Jesus, disse que Dilma vai disputar o Senado.

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