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Dilma altera discurso sobre Copa. E aposta em agenda positiva

Enquanto PT e Planalto calculam prejuízo político da humilhante derrota contra a Alemanha, presidente investe em tom de 'superação' - e se prepara para receber chefes de Estado para a final

Por Da Redação
10 jul 2014, 09h13
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  • Enquanto sua equipe – ainda atônita com a goleada sofrida pelo Brasil na terça-feira, contra a Alemanha – avalia a maneira mais eficaz de descolar a imagem da presidente Dilma Rousseff do fracasso da seleção brasileira, o governo já pretende apostar na agenda “positiva” dos próximos dias. Além de almoçar com chefes de Estado que estarão no Rio, no domingo, para a final da Copa, Dilma vai receber 21 presidentes na próxima semana. O comitê da campanha quer aproveitar esses eventos para mostrar a presidente como uma “estadista”.

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    Entre os que já confirmaram presença na final do Mundial estão a chanceler alemã Angela Merkel, os presidentes da Rússia, Vladmir Putin, da África do Sul, Jacob Zuma, da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, da Hungria, János Áder, e do Haiti, Michel Martelly. Segundo o jornal O Globo, o Itamaraty avalia que dez chefes de Estado estarão presentes no evento.

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    A equipe da campanha dá como certo que Dilma será hostilizada na final da Copa, quando a presidente entregará a taça ao campeão, no Maracanã – e pode fazê-lo para a histórica rival brasileira, a Argentina. Ministros e coordenadores da campanha petista acreditam que o “efeito Copa” não dure até a eleição, em outubro. O temor, agora, é que o fim antecipado da catarse coletiva alimente novos protestos, que podem ser disseminados e atingir “tudo o que está aí”, mirando em Dilma e na alta dos preços – e consequentemente nos índices de inflação – por causa da Copa.

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    ‘Volta por cima’ – A ordem no Palácio do Planalto é “virar a página” do que Dilma definiu como “pesadelo” e baixar o tom do mote “Copa das Copas”, com o qual o governo pretendia bater o bumbo na campanha. No lugar do ufanismo, entra agora a retórica da “volta por cima” e da capacidade de superação do brasileiro nas adversidades, além da organização “impecável” do evento.

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    Para tentar blindar Dilma, o staff da petista também decidiu adiar para o dia 19 os eventos de campanha – liberados desde o último dia 5. Na próxima semana, ela só terá agenda como presidente, a principal delas a reunião dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em Fortaleza e Brasília. A equipe de comunicação do governo também agendou uma série de entrevistas de Dilma a correspondentes estrangeiros que estão no Brasil, como a feita na quarta a Christiane Amanpour, da rede CNN, para tentar emplacar o discurso que a Copa foi um sucesso fora dos gramados. Com a campanha em curso, as próximas pesquisas mostrarão se, passada a euforia do Mundial, será essa a avaliação dos eleitores.

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    Oposição – A campanha do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, avalia que a derrota acachapante do Brasil contra a Alemanha deve anular as tentativas do governo Dilma Rousseff de explorar politicamente a realização do evento em solo nacional. O comitê tucano vai apenas esperar o “luto” em razão do fiasco em campo passar para retomar as críticas à política econômica. A ideia agora é que, ao falar do campeonato, Aécio credite o sucesso extracampo ao povo brasileiro, e não ao governo.

    O candidato a vice-presidente na chapa de Aécio, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), afirmou que Dilma “caiu no ridículo” ao tentar explorar o futebol desde o início dos jogos como se a gestão dela tivesse algo a ver com o que se passa no campo. Na véspera do fiasco do jogo contra Alemanha, a presidente chegou a divulgar uma foto imitando gestos de Neymar. “A Dilma acabou caindo no ridículo fazendo aquele gesto do �tóis� porque tentou explorar o sofrimento do Neymar (quando ele ficou de fora dos jogos ao quebrar uma vértebra) e também porque tentou pegar carona na esperança do povo brasileiro”. Aloysio aposta que diante da derrota da seleção anfitriã, “agora ela vai deixar morrer o assunto Copa, você vai ver”, opinou. “Agora as pessoas vão voltar para suas vidas normalmente, para os seus problemas e voltaremos a discutir sobre inflação, obras inacabadas e novos projetos para o país.”

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    (Com Estadão Conteúdo)

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