É HOJE! Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Decreto de Temer pode perdoar 21 condenados na Lava Jato, diz MPF

Levantamento feito pela força-tarefa no Paraná mostra que benefício atingiria quase a metade dos 39 sentenciados em processos da operação

Por Da Redação Atualizado em 28 nov 2018, 16h03 - Publicado em 28 nov 2018, 16h01
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A pressão contra o indulto natalino a condenados por crimes de corrupção é o assunto mais comentado entre brasileiros no Twitter neste momento, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) julga a validade das regras do indulto concedido pelo presidente Michel Temer em dezembro de 2017.

    A expressão #indultonão é impulsionada por procuradores e membros da força-tarefa da Operação Lava Jato, que argumentam que a concessão do indulto a quem cometeu crimes de colarinho branco representaria o desmonte das investigações.

    “Você acha razoável perdoar e mandar para casa corruptores e corrompidos que depois de investigados, descobertos, processados julgados e condenados em diversas instâncias, tenham cumprido apenas 20% (1/5) ou 16,6% (1/6) da pena? Não, né?!”, escreveu o procurador Roberson Pozzobon, integrante da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

    Mais cedo, o coordenador da força-tarefa no Ministério Público Federal no Paraná, Deltan Dallagnol, publicou um vídeo nas redes sociais afirmando que o decreto tem um efeito “devastador” no País. Ele citou um levantamento apontando que, de 39 pessoas condenadas na Lava Jato, 85% sairiam da prisão se as regras do indulto forem aplicadas neste e no próximo ano. Para ele, criminosos se sentiriam desmotivados a firmar acordos de colaboração premiadas se já tivessem garantidos o perdão de suas penas com o indulto.

    Entre os presos pela Operação Lava Jato que seriam perdoados caso o indulto de Temer seja referendado pelo STF estão o ex-ministro Antonio Palocci, o pecuarista José Carlos Bumlai (amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva), o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, e os ex-deputados Luiz Argolo e André Vargas.

    Continua após a publicidade
    Deltan
    (Reprodução/Reprodução)

    Também pelo Twitter, a procuradora da República Thaméa Danelon, da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo, afirmou que “o indulto é um ato de clemência do poder público para com crimes menos graves”. “Por isso, corrupção é incompatível com o indulto. #indultonão”, escreveu a investigadora. “A corrupção desvia bilhões de reais e mata pessoas em filas de hospitais. É um crime grave contra a humanidade.”

    O procurador Roberson Pozzobon, também da Lava Jato do Paraná, chamou a atenção para o indulto em seu Twitter. “Está na pauta do STF dessa quarta-feira o julgamento do decreto de #IndultoNatalino de 2017, o qual é muito generoso com criminosos mas nada bom para o enfrentamento da #corrupção.”

    Continua após a publicidade

    (Com Estadão Conteúdo)

     

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.