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Conspiração de Onyx contra Mandetta criou mal-estar no DEM

Bancada ficou desapontada com a postura de ministro da Cidadania e uma ala do partido passou a defender a expulsão de Onyx da legenda

Por André Siqueira Atualizado em 10 abr 2020, 10h47 - Publicado em 10 abr 2020, 10h40

A divulgação de uma conversa que mostra o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni (DEM), e o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) conspirando para a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), gerou um mal-estar na cúpula do DEM. “A bancada foi muito impactada, criou um ruído muito ruim”, afirmou a VEJA o líder da legenda na Câmara dos Deputados, Efraim Filho (DEM-PB).

Entre os caciques do partido, o incômodo criado por Onyx Lorenzoni deve-se ao fato de a bancada ter manifestado, de maneira pública, apoio irrestrito ao papel desempenhado por Mandetta à frente da Saúde. “Referendamos o trabalho de Mandetta, com apoio irrestrito. Por isso,  a crítica pegou mal”, entende Efraim Filho.

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Dentro da legenda, uma ala defende a expulsão de Onyx Lorenzoni, mas, na avaliação do líder da bancada na Câmara, essa corrente não deve prosperar. Após a divulgação da conversa, Efraim Filho conversou com o presidente nacional do partido e prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, e com o ministro da Saúde. “O diálogo com Mandetta foi sereno. Avaliamos o cenário, ele mostrou claro desapontamento com a conduta de Onyx, mas não estava surpreso, já que a relação entre os dois não era boa há um certo tempo”, diz Efraim.

Em conversas com integrantes da bancada, ACM Neto demonstrou descontentamento com o episódio, mas pediu que os parlamentares trabalhem para “reduzir a tensão”. No grupo de WhatsApp do partido, a orientação seguiu linha semelhante: serenidade e foco no futuro – Mandetta e Onyx não se manifestaram.

Como VEJA mostrou, o presidente Jair Bolsonaro estava decidido a demitir o ministro Luiz Henrique Mandetta na segunda-feira 6, mas foi convencido por militares, como os ministros Walter Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), de que a melhor decisão seria manter o ministro por enquanto. 

Mandetta e Bolsonaro estão em rota de colisão desde o início da crise causada pelo coronavírus. Enquanto o presidente defende que o isolamento social atinja apenas pessoas do grupo de risco e com comorbidades, o ministro reitera a importância de que as pessoas fiquem em suas casas. Além disso, a contragosto do chefe do Executivo, Mandetta defende a conclusão de testes e estudos que atestem a eficácia da hidroxicloroquina no combate à epidemia antes do uso em larga escala do medicamento. 

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