Com ministérios em aberto, Bolsonaro se reúne com PSDB e PR
Após apoios de bancadas temáticas, conversas com partidos ocorrem no momento em que ainda estão em aberto cargos no primeiro e segundo escalões
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), faz nesta quarta-feira , 5, mais uma rodada de reuniões com as bancadas partidárias. Os encontros estão marcados com os parlamentares do PSDB e do PR, partido de Valdemar da Costa Neto. Bolsonaro avisou que o apoio no Congresso Nacional virá a partir da identidade em torno de propostas sem “alinhamento automático”.
As conversas ocorrem no momento em que ainda estão em aberto cargos no primeiro e segundo escalões do governo Bolsonaro. Não há, por enquanto, o nome do titular do Ministério do Meio Ambiente, e nesta terça o próprio Bolsonaro informou que nomeará um porta-voz para Presidência da República.
No encontro com as bancadas do MDB e PRB, o presidente eleito reiterou que vai buscar o “entendimento” e disse que a “fórmula” usada até agora na relação entre governo e Congresso é fracassada. Admitiu que pode não saber a “fórmula do sucesso”, mas tem consciência que a aplicada até o momento não é a correta.
Segundo Bolsonaro, os ministérios ficarão à disposição dos parlamentares para o atendimento de demandas. Ele também defendeu rápida liberação de emendas parlamentares e garantiu que não fará “jogo de empurra” para prejudicar os deputados.
O presidente eleito prometeu ainda fazer reuniões prévias com senadores e deputados federais antes de enviar propostas ao Congresso Nacional. Segundo ele, isso seria uma inovação na relação entre governo e Parlamento. A agenda de Bolsonaro inclui visita ao Quartel-General do Exército e reuniões com embaixadores estrangeiros.
Até então, Bolsonaro privilegiou as conversas com as chamadas bancadas temáticas. O futuro ministro da Saúde Henrique Mandetta foi indicado após aval de deputados ligados ao setor; Ricardo Vélez Rodriguez assumirá a Educação com o apoio dos evangélicos; na Agricultura, Tereza Cristina é líder dos ruralistas.
Esses grupos reúnem deputados de diferentes partidos em defesa de uma causa ou setor específico — como a “bancada da bala”, aliada de primeira hora de Bolsonaro. Entretanto, a formação de maioria no Congresso somente a partir dessas frentes parlamentares é incerta.
(Com Agência Brasil)