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Com 14 partidos e críticas a Doria, França se lança ao governo de SP

Candidato à reeleição, governador ressaltou experiência, garantiu lealdade a Alckmin e afirmou que crescerá nas pesquisas após propaganda na TV

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 ago 2018, 16h16 - Publicado em 4 ago 2018, 16h05

O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), oficializou sua candidatura à reeleição na manhã deste sábado, 4, em evento na sede da Força Sindical, na região central da capital paulista. Ele exaltou a numerosa coligação, que neste momento conta com o seu PSB e outros treze partidos, e fez críticas a dois dos principais adversários na disputa, João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB).

Durante seu discurso, França elegeu saúde, educação e segurança como principais bandeiras e invocou o fato de ter uma longa trajetória política, destacando a sua gestão como prefeito de São Vicente, obtendo mais de 90% dos votos na disputa para reeleição em 2004. França era o vice e herdou o cargo em abril, quando Geraldo Alckmin (PSDB) renunciou para disputar a Presidência da República.

Desde que o PSDB decidiu não apoiá-lo para lançar Doria, ele está em rota de colisão com o ex-prefeito. Repetindo discurso parecido com o de Skaf no lançamento do emedebista no sábado passado, acusou o ex-prefeito de não ter palavra por ter dito que ficaria os quatro anos na Prefeitura de São Paulo, mas renunciando após um ano e meio.

“Tiveram pessoas famosas que acharam que era fácil cuidar da coisa pública e quando elas veem que não é, ficam pouco tempo e fogem”, atacou. Ele também insinuou diversas vezes que seus adversários são despreparados por “terem helicóptero” e “nunca terem estudado em escola pública”.

“Por que alguém que nunca passou por uma escola pública vai entender mais de escola pública do que estudou? Você já viu alguma raposa querer cuidar do galinheiro sem querer comer a galinha? Por que quem anda de helicóptero vai entender mais do que quem anda de metrô e trem?”, questionou. França anunciou sua chapa com a coronel Eliane Nikoluk (PR) como candidata a vice-governadora. Para o Senado, os dois candidatos serão o vereador Mário Covas Neto (Podemos), filho do ex-governador Mário Covas, e a medalhista olímpica Maurren Maggi (PSB).

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Para a Presidência, o atual governador afirmou que seu palanque estará aberto para os candidatos de partidos que compõem a chapa, como Alvaro Dias (Podemos) e Ciro Gomes (PDT), mas que seu apoio pessoal, por “lealdade”, será de Geraldo Alckmin (PSDB), A menção ao tucano foi mais uma abertura para criticar Doria, lembrando que, ao longo de 2017, o ex-prefeito chegou a ser cogitado para substituir Alckmin na disputa pelo Planalto. “Enquanto ele estava para baixo, um monte de gente que quis dar a ‘rapa’ e passar à frente dele. Eu não”, comentou.

Márcio França relembrou os episódios de maiores destaques nos seus quatro meses de gestão no estado. Ele afirmou que São Paulo “liderou” a solução da greve dos caminhoneiros e defendeu a sua posição de homenagear a policial Kátia da Silva Sastre, que executou um criminoso que assaltava familiares na saída de uma escola. “Ela fez o trabalho dela, é policial. Ele que não deveria ter tirado a arma e apontado para uma mãe e uma criança”, disse.

Escolhida para “devolver a autoridade” e “homenagear a polícia”, Eliane Nikoluc afirmou que a sua chegada à chapa aproxima os agentes da postulação do governador. “A ideia é integrar e fortalecer as instituições policiais bem próximas ao governo. Em situações aonde ele poderia ser criticado, ele defendeu uma policial que estava cumprindo um procedimento que é previsto”, afirmou.

‘Meus amigos’

França brincou com o fato de ter o maior número de partidos em sua coligação e afirmou que vai “surpreender” os que duvidavam da sua candidatura. “Falavam, o Márcio, sozinho, coitado. Eu sabia que quando eu juntasse com meus amigos, que seria diferente”, disse. O governador aposta no seu tempo de televisão como a principal arma para crescer e cita o próprio Doria como referência de que pode chegar ao segundo turno.

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“Em agosto [de 2016, quando ele concorria à Prefeitura], Doria tinha 5 ou 6%. Eu disse que ele cresceria, que ele teria no mínimo 25% e que poderia ganhar a eleição no primeiro turno e foi o que aconteceu”. Para o governador, Doria e Skaf disputam “o mesmo público” e só um conseguirá avançar para a próxima etapa.

Filiado ao PSB há trinta anos, Márcio França foi vereador, prefeito de São Vicente, deputado federal e vice-governador. Na última pesquisa Ibope, ele tinha 3% das intenções de voto para ser reeleito. Sua coligação conta com PR, Podemos, PV, Solidariedade, Pros, PPL, PPS, PHS, PRP, PMB, PTB e Patriota, além do seu partido – o PDT, de Ciro Gomes, que tinha aderido à coligação, deixou o apoio em suspenso após o acordo dos socialistas com o PT, por neutralidade em troca de não apoiar Ciro.

O acerto com as legendas foi muito criticado por adversários. Para Paulo Skaf (MDB), França “loteou” o governo, distribuindo cargos e promessas de outras posições, aos partidos que o apoiassem na disputa. O governador nega e diz ser “normal” que partidos indiquem para cargos no governo, mas que isso não estava nos acordos.

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