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Cesare Battisti está em São Paulo, diz Suplicy

Italiano viajou pela manhã. Após decisão do STF, ele quer visto de permanência

Por Luciana Marques
9 jun 2011, 15h54

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) informou nesta quinta-feira ao site de VEJA que o terrorista italiano Cesare Battisti viajou hoje pela manhã para São Paulo, acompanhado de seu advogado Luiz Eduardo Greenhalgh. Battisti deixou a prisão da Papuda, em Brasília, durante a madrugada após julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

Suplicy não soube dizer se o italiano foi para São Paulo de avião ou de carro, nem se ele está em hotel ou apartamento. O senador, que é amigo de Battisti, pretende visitá-lo neste fim de semana. Pouco antes de ser solto, o italiano recebeu um telefonema de Suplicy, que o parabenizou por sua liberdade. “Muito brevemente o cumprimentei e dei um abraço nele”, afirmou.

Visto – O Ministério do Trabalho recebeu nesta quinta-feira o pedido de visto de permanência de Cesare Battisti. A defesa do italiano pede que ele obtenha uma permissão para trabalhar como escritor no país. A intenção de Battisti é continuar morando no Brasil. Até porque, se deixar o país, pode voltar a ser preso a pedido do governo italiano.

O caso será analisado pelo Conselho Nacional de Imigração, órgão que, segundo o ministério, é responsável pela emissão dos vistos de permanência para estrangeiros em “situações especiais”. A próxima reunião do colegiado está marcada para o dia 22. Sem a permissão, o italiano permaneceria em situação ilegal, já que entrou no território brasileiro com um passaporte falso em 2007 e não conseguiu obter status de refugiado político.

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A defesa do advogado não revela se o terrorista permanecerá em Brasília ou passará a viver em outra cidade brasileira. Depois de deixar o presídio da Papuda, Brattisti seguiu para uma casa em um condomínio fechado na capital federal, acompanhado de Luiz Eduardo Greenhalgh.

Caso – Nos anos 70, Battisti integrou a organização extremista Proletários Armados pelo Comunismo e, conforme o relato de militantes e testemunhas, foi responsável pela morte de um policial, um açougueiro, um joalheiro e um carcereiro. Nos anos 80, fugiu da prisão, foi julgado à revelia e condenado à prisão perpétua. Nos anos 90, a sentença foi confirmada em todas as instâncias da Justiça italiana.

O pedido de extradição foi aceito pela Justiça francesa em 2004, pela corte europeia de Direitos Humanos em 2006 e pelo STF em 2009. Nada disso convenceu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu último ato, baseado num obtuso parecer da Advocacia-Geral da União, Lula ignorou o tratado de extradição assinado em 1989 e concedeu refúgio ao terrorista que em 2004 escolhera viver no Brasil – decisão que, cinco meses depois, por 6 votos a 3, o Supremo decidiu manter.

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