Cardozo não descarta ato planejado sobre Bolsa Família

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, destacou que uma das hipóteses trabalhadas pela Polícia Federal sobre os rumores do fim do benefício do Bolsa Família seria de um ato planejado. “Evidentemente houve uma ação de muita sintonia em vários pontos do território nacional, o que pode ensejar a avaliação de que alguém quis fazer isso deliberadamente, planejadamente, articuladamente”, afirmou.

Cardozo ainda diz não ser possível tipificar o crime que houve, ação que só ocorrerá quando for identificado a real motivação dos boatos. Segundo o ministro, os responsáveis pela confusão serão punidos. “Garanto, a partir do momento em que conseguirmos identificar os responsáveis por isso, independente de quem seja, nós faremos o que a lei exigir”, ressaltou.

Contrário ao que foi dito pela ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário – acusando a oposição de ter promovido os rumores -, para o ministro, a motivação para o ato não teria justificativa de ordem política. “As pessoas podem ter suas teses, suas impressões, mas o ministro da Justiça tem que fazer com que a Polícia Federal conduza com absoluta imparcialidade e republicanismo a investigação”, explicou.

José Eduardo Cardozo concordou que a quantidade de estados afetados pelo falso rumor é alarmante. “Não é um delito fácil de ser investigado por força da atuação difusa em todo o território nacional. Isso chama a atenção. Não podemos afastar a hipótese de ter havido algum tipo de orquestração desse boato”, destacou.

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Os boatos a respeito do fim do benefício fizeram com que milhares de famílias tumultuassem os postos de atendimento no último final de semana para realizar os saques. Segundo a Caixa, foram feitos 920 mil saques entre sábado (18) e domingo (19).

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(com Estadão Conteúdo)