Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Bolsonaro volta a criticar Enem: ‘Não devemos fabricar militantes’

Presidente eleito já havia classificado prova como 'vexame' e 'doutrinação exacerbada' após questão sobre 'dialeto secreto' adotado por gays e travestis

Por Da redação
Atualizado em 6 nov 2018, 19h23 - Publicado em 6 nov 2018, 16h18

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), voltou a criticar nesta terça-feira (6) a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Por meio de sua conta no Twitter, Bolsonaro não citou diretamente o Enem, cuja primeira parte em 2018 foi aplicada no último domingo, mas atacou o que entende ser inclusão de “ideologia e politicagem nos testes que medem o conhecimento dos nossos alunos”.

“Não devemos fabricar militantes, mas preparar o jovem para que se torne um bom profissional no futuro. O modelo atual não funciona, temos péssimos indicativos. É preciso mudar”, escreveu o pesselista.

Após a primeira prova do exame, com noventa perguntas sobre Linguagens e Ciências Humanas, Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), já haviam criticado uma das questões, a que tratava sobre o “pajubá”, “dialeto secreto” adotado por gays e travestis.

Continua após a publicidade

No Twitter, Eduardo publicou que “não é requisito para ser ministro da Educação saber sobre dicionário dos travestis ou feminismo”.

Em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, da TV Band, que foi ao ar nesta segunda-feira (5), Bolsonaro classificou a prova como “vexame” e “doutrinação exacerbada”.

“Uma questão de prova que entra na dialética, na linguagem secreta de gays e travestis não tem nada a ver. Não mede conhecimento nenhum. A não ser obrigar para que no futuro a garotada se interesse mais por esse assunto, acho que não é isso que está em jogo. Temos que fazer com que o Enem cobre conhecimentos úteis, que interessem à sociedade”, disse o presidente eleito, para quem “tão ou mais grave que a corrupção é a questão ideológica no Brasil”.

Continua após a publicidade

Jair Bolsonaro afirmou que o Enem será mantido em seu governo, com algumas alterações. “Você tem que cobrar ali aquilo que realmente tem a ver com a história do Brasil, com a nossa cultura, e não com a questão específica LGBT, que a reclamação é geral, não é minha apenas”, declarou.

Bolsonaro ainda não escolheu quem será o ministro da Educação em sua gestão. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia responsável pela elaboração e aplicação do Enem, está submetido à pasta.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.