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Bolsonaro vai manter Wajngarten: ‘Se for ilegal, a gente vê lá na frente’

Presidente atacou jornal e disse que 'até agora, está tudo legal' com a situação do chefe da Secom; reportagem mostrou suposto conflito de interesses

Por Da Redação Atualizado em 16 jan 2020, 11h31 - Publicado em 16 jan 2020, 10h00
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  • O presidente Jair Bolsonaro diz que manterá o secretário Fábio Wajngarten na chefia Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), mesmo após reportagem do jornal Folha de S. Paulo apontar suposto conflito de interesses em uma das empresas em que o secretário é sócio, a FW. “Se for ilegal, a gente vê lá na frente. Mas o que vi até agora, está tudo legal com o Fábio. Vai continuar”, disse a jornalistas nesta quinta-feira, 16, em Brasília. “Excelente profissional. Se fosse um porcaria, igual a alguns que tem por aí, ninguém estaria criticando”, acrescentou o presidente.

    Bolsonaro classificou a Folha como “lixo”, “péssima imprensa”, e disse que o jornal “não tem crédito” ou “moral” para acusar ninguém. “Se fosse o PT, que dava bilhões à grande mídia, o ano todo, estariam elogiando o Lula. Quanto a mim, é só pancada”, afirmou o presidente.

    Reportagem do jornal Folha de S. Paulo mostrou que Fábio recebe dinheiro de emissoras de televisão e de agências de publicidade por meio da FW. Segundo o texto, a empresa de Wajngarten recebeu 109 mil reais da Band, em 2019, valor confirmado pela emissora ao jornal. Três agências de publicidade também confirmaram que contratam serviços da FW ao custo de 4.500 reais mensais. O secretário diz que se afastou do comando das empresas ao aceitar a nomeação.

    As empresas (Artplan, Propeg e Nova/SB) são responsáveis pela publicidade da Caixa Econômica Federal. Ainda segundo o jornal, em agosto do ano passado, Wajngarten prorrogou um contrato da Secom com a Artplan por 12 meses, no valor de 127 milhões de reais.

    O PSOL anunciou que vai entrar com uma Ação Popular na Justiça Federal de Brasília para pedir a revogação da nomeação de Wajngarten. A ação é sustentada em duas leis: de conflito de interesses e improbidade administrativa.

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