Os médicos que acompanham a recuperação do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que submeteu-se a uma cirurgia para corrigir uma hérnia, retiraram na manhã desta sexta-feira, 13, a sonda nasogástrica que ele usava para aliviar a pressão de gases acumulados no intestino. O presidente também voltou a receber, gradativamente, dieta líquida (chás, caldos ralos ou gelatinas).
De acordo com boletim do hospital Vila Nova Star, Bolsonaro “apresenta boa evolução clínica. Permanece sem dor, afebril e com melhora acentuada dos movimentos intestinais”. A nota também acrescenta que está mantida a alimentação parenteral, pelas veias. O presidente segue realizando sessões de fisioterapia respiratória e motora, podendo andar pelos corredores. As visitas seguem restritas.
Em entrevista coletiva, o cirurgião Antônio Macedo, responsável pelo procedimento, informou que o presidente deve receber alta em até quatro dias. Inicialmente, a previsão é que Bolsonaro já estivesse de volta às suas funções, mesmo de dentro do hospital, mas este prazo foi adiado na noite de quinta.
O vice Hamilton Mourão segue na presidência pelo período previsto para alta. O porta-voz Otávio Rêgo Barros afirmou a decisão de adiar a saída do hospital se deu para que o presidente possa dedicar-se apenas à sua recuperação. Ele reiterou que a programação para Bolsonaro comparecer à Assembleia Geral da ONU, no final de setembro, está mantida.
Macedo explicou que a dieta líquida foi reintroduzida de forma gradativa: Bolsonaro recebe 50mL de líquidos a cada 50 minutos enquantos os médicos monitoram a evolução de seu intestino. Conforme houver melhora, o presidente poderá receber dieta cremosa (semelhante a de bebês) e, em seguida, a pastosa (com alimentos amassados). “Tem que ir com cuidado porque se muda precocemente pode distender o abdome”, diz.
Bolsonaro foi submetido ao procedimento no último domingo, em São Paulo, em decorrência da série de cirurgias pela qual passou após sofrer um atentado a faca durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro do ano passado. Esta foi a quarta cirurgia realizada no presidente e a expectativa inicial é que ele teria alta em até seis dias.