Em sua primeira noite livre desde que chegou a Israel, o presidente Jair Bolsonaro saiu escondido nesta segunda-feira, 1º, para jantar no restaurante de um shopping de Jerusalém. Ele foi acompanhado pelos generais Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Otávio do Rêgo Barros, porta-voz do Palácio do Planalto, e outros assessores em um carro não oficial.
De acordo com o general Heleno, Bolsonaro comeu uma pizza. O ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, também saiu para um compromisso privado, mas separadamente.
O presidente tinha previsto em sua agenda um jantar no hotel em que está hospedado. Mas mudou de ideia de última hora e decidiu sair com o cuidado de não despertar a atenção da imprensa. Deixou o hotel pela garagem, como de costume, não se valeu do carro oficial que vem usando desde que chegou a Israel, no domingo 31.
As saídas às ocultas do presidente Bolsonaro têm feito parte de suas primeiras viagens internacionais. Em Davos, na Suíça, em janeiro, deixou sua comitiva e foi almoçar em um bandejão do supermercado Migros, onde pediu sanduíche e refrigerante. Em março, em Washington, decidiu ir ao Pentagon Mall e comprar dois calções e uma camisa depois de visita à sede da CIA.
Nesta segunda-feira, o presidente teve uma agenda cheia. Pela manhã, visitou a Unidade de Contra-Terrorismo da polícia israelense e condecorou a Brigada de Busca e Salvamento do Comando da Frente Interna de Israel por sua participação nos esforços de resgate após o rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho (MG).
Durante a tarde, desdobrou-se em peregrinações religiosas. Visitou a Basílica do Santo Sepulcro e o Muro das Lamentações – neste último compromisso, esteve acompanhado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu –, e cantou com católicos na recepção do hotel.