Associação que indicou Moro aprova Moraes para o STF
Deputados da base aliada de Temer e da oposição também comentaram a indicação do ministro da Justiça para a vaga de Teori Zavascki
![Alexandre de Moraes Sabatina no Senado](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/02/alexandre-moraes-celular-stf-ministro-20170206-007.jpg?quality=90&strip=info&w=1125&h=720&crop=1)
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), que apresentou ao governo Temer uma lista tríplice de sugestões de quem deveria ser o novo ministro do Supremo Tribunal Federal, aprovou nesta segunda-feira a indicação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para a vaga de Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo em 19 de janeiro. Apesar de ele não constar na lista, que foi votada pelos magistrados e entregue em mãos ao chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, a entidade afirmou que Moraes tem um “notável saber jurídico e reputação ilibada”, além de estar “sempre disposto ao diálogo”.
“Desejamos ao indicado pelo presidente Temer toda sorte no desempenho do cargo e que ele corresponda aos anseios da sociedade brasileira, ou seja, de dar um fim à corrupção no país. A corrupção no país não pode ser endêmica. Não pode continuar permeando a administração pública do país”, diz nota assinada pelo presidente da Ajufe, Roberto Veloso.
Na lista tríplice da Ajufe, o favorito era o juiz Sergio Moro, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba e responsável pelas ações da Operação Lava Jato em 1ª instância; o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Reynaldo Soares da Fonseca; e o desembargador do TRF-3 Fausto de Sanctis, todos apontados em votação feita entre os juízes federais filiados à entidade. Em nota anterior, a associação afirmou que, como Teori era oriundo da Justiça Federal, considerava “imprescindível” que o cargo vago fosse concedido a alguém da magistratura federal, o que não é o caso de Moraes, ex-procurador do Ministério Público de SP.
Repercussão no Congresso
A bancada na Câmara do PSDB, partido ao qual Moraes é filiado, foi a primeira a comemorar a indicação. “Foi uma excelente escolha. É muito preparado e tem uma extraordinária capacidade jurídica”, disse em nota o líder Ricardo Tripoli (SP). O atual líder da bancada do DEM na Casa, Pauderney Avelino (AM), também elogiou a escolha. “É um bom nome. Tem estofo e conhecimento”, comentou.
Outro que aprovou a indicação foi o líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP). “Tem currículo de peso para ocupar uma função dessa magnitude”, afirmou Baleia, um dos deputados federais mais próximos de Temer.
Já a oposição criticou. “Não tem estofo. Está indo para ser instrumento de blindagem de gente do governo Temer”, afirmou a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).
“Alexandre Moraes para o STF? É um escândalo. Sua militância advocatícia, sua incompetência manifesta no ministério. É golpe mesmo”, afirmou o deputado federal Afonso Florence, líder do PT no governo de Dilma Rousseff.
“Temer atingiu dois objetivos com a indicação: livrou-se de um ministro problemático e colocou um grande amigo no STF”, disse Luciana Genro, membro do diretório nacional do PSOL. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) também comentou a escolha de Temer: “A indicação para o STF de um ministro membro de um partido e envolto em polêmicas nos parece uma afronta à Constituição”.
Confira a nota na íntegra da Ajufe:
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) entregou ao ministro Eliseu Padilha uma lista com três nomes de magistrados federais aptos a exercer o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O Presidente da República Michel Temer optou por indicar o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. Ele usou a prerrogativa que a Constituição lhe dá de indicar um cidadão brasileiro, maior de 35 anos e com notável saber jurídico e reputação ilibada. O ministro Alexandre de Moraes tem todas essas qualidades. Ele tinha uma perfeita interlocução com a Ajufe, sempre recebia os dirigentes da entidade e até intermediou um contato com a presidência da Câmara dos Deputados. O ministro Alexandre de Moraes estava sempre disposto ao diálogo. Desejamos ao indicado pelo presi dente Temer toda sorte no desempenho do cargo e que ele corresponda aos anseios da sociedade brasileira, ou seja, de dar um fim à corrupção no país. A corrupção no país não pode ser endêmica. Não pode continuar permeando a administração pública do país.”
![O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, durante encontro com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, em Brasília (DF) - 04/01/2017 O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, durante encontro com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, em Brasília (DF) - 04/01/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/brasil-encontro-alexandre-de-moraes-ministro-justica-carmem-lucia-presidente-stf-20170105-01.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/02/alexandre-moraes-celular-stf-ministro-20170206-007.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/02/alexandre-moraes-celular-stf-ministro-20170206-006.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/brasil-ministro-justica-alexande-de-moraes-20170106-01.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, em Brasília (DF) - 04/01/2017 O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, em Brasília (DF) - 04/01/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/brasil-encontro-alexandre-de-moraes-ministro-justica-carmem-lucia-presidente-stf-20170105-02.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes e os presidentes dos Colégios de Secretários de Justiça e Assuntos Penitenciários, Lourival Gomes (SP) e de Segurança Pública, Jeferson Portela (MA), se reúnem com os secretários de todos os estados e do Distrito Federal, em Brasília (DF), nesta terça-feira (17), para discutir medidas imediatas para a crise do sistema penitenciário. O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes e os presidentes dos Colégios de Secretários de Justiça e Assuntos Penitenciários, Lourival Gomes (SP) e de Segurança Pública, Jeferson Portela (MA), se reúnem com os secretários de todos os estados e do Distrito Federal, em Brasília (DF), nesta terça-feira (17), para discutir medidas imediatas para a crise do sistema penitenciário.](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/alexandre-de-moraes1.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![O presidente da República, Michel Temer e o Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, durante encontro com ministros no Palácio do Planalto, em Brasília (DF) - 05/01/2017 O presidente da República, Michel Temer e o Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, durante encontro com ministros no Palácio do Planalto, em Brasília (DF) - 05/01/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/alexandre-de-moraes-02.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em Manaus - 03/01/2017 Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em Manaus - 03/01/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/alexandre-de-moraes.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, concede entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), após reunião com ministros para discutir o Plano Nacional de Segurança - 05/01/2017 O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, concede entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), após reunião com ministros para discutir o Plano Nacional de Segurança - 05/01/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/brasil-alexandre-de-moraes-ministro-justica-20170105-02.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![O presidente da República, Michel Temer e o Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, durante encontro com ministros no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), para discutir sobre o Plano Nacional de Segurança - 05/01/2017 O presidente da República, Michel Temer e o Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, durante encontro com ministros no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), para discutir sobre o Plano Nacional de Segurança - 05/01/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/brasil-michel-temer-reuniao-massacare-manaus-presidio-20170105-01.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, agora tem de lidar com renúncia coletiva no conselho de política prisional O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, agora tem de lidar com renúncia coletiva no conselho de política prisional](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/brasil-alexandre-de-moraes-ministro-justica-20170105-01.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/01/alexandre-moraes.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![O governador Geraldo Alckmin durante a apresentação do novo secretário de segurança pública, Alexandre de Moraes O governador Geraldo Alckmin durante a apresentação do novo secretário de segurança pública, Alexandre de Moraes](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/63143.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)