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As articulações do partido de Alckmin para ocupar o governo Lula

PSB pleiteia ao menos um ministério de peso e cargos no segundo escalão; indicações envolvem negociações para disputas municipais em 2024

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 dez 2022, 12h16 - Publicado em 17 dez 2022, 12h15

Antes mesmo do início da montagem de seu terceiro mandato, o presidente eleito Lula encerrou as especulações envolvendo o vice e anunciou que Geraldo Alckmin não teria uma cadeira na Esplanada dos Ministérios. A regra, porém, está longe de valer para o PSB, partido de Alckmin.

Em meio à demora de Lula em anunciar os novos ministros, cresceu, nos últimos dias, a bolsa de apostas sobre o espaço que a legenda que compôs a chapa vitoriosa terá no governo. Internamente, a indicação de Flávio Dino para o Ministério da Justiça é tratada como uma cota pessoal do presidente eleito e que, dessa maneira, não entra como uma pasta exclusiva da legenda. Nas conversas, membros do partido costumam ressaltar ainda que Dino, que fez carreira no PCdoB, está filiado ao PSB há menos de dois anos – ou seja, não é um nome tão ligado à sigla.

O PSB encolheu nas eleições deste ano, passando de 32 para 14 deputados. Mesmo assim, a sigla entende que merece um espaço robusto porque fez costuras estratégicas que ajudaram na eleição de Lula, como a desistência de Márcio França na disputa ao governo paulista, cedendo a vaga para Fernando Haddad. Com uma vitória apertada, os votos de São Paulo são tratados como cruciais para a vitória do petista.

Em contrapartida, membros do PSB dão como certo que França ocupará um ministério em 2023. O objetivo preferencial é o Ministério das Cidades, responsável por tocar obras relacionadas a moradia e saneamento básico e, por isso, de forte poder político e eleitoral. O problema é que outros aliados de Lula, como Guilherme Boulos (PSOL), querem a mesma pasta.

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Mais: a disputa ministerial embute ainda uma corrida eleitoral. Para 2024, tanto Boulos quanto França vislumbram disputar a Prefeitura de São Paulo – e a decisão sobre o próximo ministro, que tenderia a não sair do cargo, pode ser determinante para definir quem será o nome de Lula no pleito. Para completar, a ida de França solucionaria ao menos um impasse interno do PSB, que também tem a deputada Tábata Amaral de olho na corrida municipal.

Numa alternativa ao Ministério das Cidades, o PSB já sinalizou que toparia assumir o Ministério da Ciência e Tecnologia ou o de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Além de França, outros nomes do partido já demonstraram a intenção de chegar à Esplanada dos Ministérios, como o ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara e o deputado Marcelo Freixo. A dupla almejou assumir o Ministério do Turismo, mas a possibilidade já é tratada como remota, já que a pasta deve ser entregue ao PSD.

Com uma Esplanada cada vez menor, cargos no segundo escalão também começam a ser negociados. Aliados de Paulo Câmara dizem que ele poderia assumir a Codevasf ou o Banco do Nordeste.

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