Em entrevista coletiva após a convenção que o indicou candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro minimizou a falta de um vice (PSL). O nome preferido dele é o da jurista Janaina Paschoal, que ainda não respondeu ao convite. “Ela pediu um prazo a mais para decidir. Isso é bom para ambas as partes”, disse o presidenciável. Segundo Bolsonaro, Janaina ainda está consultando sua família sobre o assunto, já que a ideia inicial dela era disputar uma vaga de deputada estadual em São Paulo. O deputado e a jurista se encontraram pessoalmente pela primeira vez no domingo, 22.
“Ela está 95% tendente a assumir esse desafio”, disse Gustavo Bebianno, presidente do PSL. Bolsonaro citou o ex-deputado Luciano Bivar (PE) e o deputado Marcelo Álvaro Antônio (MG) como possíveis alternativas dentro do PSL caso Janaína não aceite ser vice.
O presidenciável disse também que “dificilmente” seu vice não será do PSL, mas não descartou negociar com outras legendas, exceto os de esquerda. “A gente pode conversar. Só que a conversa tem que ser à luz do dia. Não negocio ministério, diretoria de banco.” Ele também afirmou que pretende privatizar muitas estatais e “braços” da Petrobras, mas não o “miolo” da empresa.
O deputado prometeu fechar a TV Brasil e fundir os ministérios da Fazenda e do Planejamento, além de extinguir o das Cidades. E voltou a fazer críticas ao STF.
“O Supremo está mais desgastado do que o nosso Parlamento”, afirmou, ao dizer que o aumento do número de ministros do STF de onze para 21 é uma ideia a ser considerada.
Bolsonaro afirmou ainda que uma de suas primeiras medidas poderá ser a reabertura do prazo para a regularização da posse de arma de fogo. Mas não entrou em detalhes sobre como executaria a proposta.