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Apoio a Agnelo cria constrangimento no PPS

Decisão do diretório regional da legenda contraria orientação do comando nacional, que quer o rompimento com o governo de Agnelo Queiroz

Por Gabriel Castro
27 abr 2012, 15h54

Na linha de frente da oposição na CPI do Cachoeira, o PPS enfrenta uma situação constrangedora no Distrito Federal. Apesar da pressão da Executiva da legenda e das denúncias envolvendo o governador petista Agnelo Queiroz, o diretório local do partido decidiu nesta quinta-feira manter o apoio ao governo. Agora, o comando nacional da sigla promete reagir.

“Acho que foi uma decisão equivocada e nós vamos analisar”, disse o presidente nacional do PPS, Roberto Freire. “Afastar-se do governo é uma necessidade real, que se impõe. Brasília começa a exigir do partido outra postura”. O desconforto de Freire se justifica: o PPS promete cobrar, na CPI, investigação sobre as relações entre a máfia de Cachoeira e o governo de Agnelo Queiroz. O apoio ao PT no Distrito Federal será discutido na próxima reunião da Executiva da legenda, no início de maio.

Mas a tarefa de Freire não é das mais fáceis. A tradição na política brasiliense é o adesismo desavergonhado. Prevendo uma intervenção, o principal nome do partido no Distrito Federal, Alírio Neto, já se precaveu. Tirou uma licença de um ano da legenda, para que possa continuar no posto de secretário de Justiça do Distrito Federal. Alírio, aliás, havia ocupado o mesmo cargo no governo de José Roberto Arruda, adversário político de Agnelo.

O apego aos cargos é tão grande que o governo petista conseguiu até mesmo cooptar aquele que era o único deputado distrital do DEM: Raad Massouh. Ele deixou a sigla para se filiar ao PPL e assumir uma secretaria no governo de Agnelo. O PDT enfrentou um dilema semelhante ao do PPS. O deputado distrital Israel Batista se recusava a retirar as indicações que havia feito no governo. Mas, nesta semana, depois de um ultimato do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), finalmente rompeu com o governador – pelo menos oficialmente.

O adesismo a todo custo dos partidos do Distrito Federal criou uma situação insólita. O governo que tem a pior avaliação do país dispõe de uma base aliada avassaladora. Dos 24 parlamentares, apenas três – todas mulheres e filiadas ao PSD – fazem oposição a Agnelo.

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