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Amigos de Battisti pedem asilo na Bolívia; defesa entra com HC no STF

Foragido desde dezembro, Battisti foi preso na Bolívia e deve ser mandado direto para a Itália, onde foi condenado a prisão perpétua

Por Da redação
Atualizado em 13 jan 2019, 18h41 - Publicado em 13 jan 2019, 18h40
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  • Em carta endereçada ao vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, amigos de Cesare Battisti pediram neste domingo que o governo Evo Morales conceda asilo político ao italiano, preso nesta madrugada em Santa Cruz de La Sierra, no centro da Bolívia. “Pedimos respeitosamente que você ajude o Estado boliviano a conceder-lhe a oportunidade de se defender em um tribunal (…) É essencial ter em mente que se Battisti for devolvido ao Brasil ou entregue à Itália terá uma morte terrível e muito triste. Pedimos que Cesare Battisti tenha refúgio político na Bolívia”, diz a carta assinada pelo historiador argentino radicado no Brasil Carlos Lungarzo, autor de um livro sobre o processo de Battisti, seu amigo pessoal.

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    Os advogados de Battisti estão impossibilitados de atuar no caso, porque ele está fora do território nacional, na Bolívia. Mesmo assim, o advogado, Igor Tamasaukas entrou com um habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar a extradição. O pedido, no entanto, não deve ser apreciado, já que o italiano não pisará mais no Brasil, como foi aventado inicialmente pelas autoridades brasileiras. Em sua conta no Facebook, o ministro da Justiça da Itália, Afonso Bonafede, anunciou que o foragido irá direto da Bolívia para a Itália, onde deve desembarcar nesta segunda-feira.

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    Segundo os amigos de Battisti, a carta foi endereçada a Linera devido a similaridades entre a história dele e a do italiano. Ele ficou preso por cinco anos por fazer parte do movimento armado Exército Guerrilheiro Túpac Katari (EGTK).

    A carta defende a inocência do italiano condenado a prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos nos anos 1970, quando o escritor, então adolescente, integrava o grupo terrorista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Segundo o texto, Battisti foi um militante contra o fascismo italiano depois da Segunda Guerra Mundial. “Na Itália, ele esteve envolvido desde a juventude nas lutas da esquerda democrática contra as agressões fascistas depois da guerra”, diz o texto. “Ao contrário da Alemanha, a Itália não tentou educar os antigos fascistas e durante as décadas de 1950 e 1960 restaurou todo seu poder. Isso gerou um movimento defensivo de esquerda”.

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    Segundo o texto, Battisti foi preso na Itália por atividades menores como porte de armas, expropriações e uso de documentos falsos, mas “nunca por crimes de sangue”. O texto alega que ele foi julgado à revelia. A notícia da prisão pegou a rede de apoiadores do italiano no Brasil de surpresa. Alguns deles acreditavam que Battisti ainda estava no país.

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    (Com Estadão Conteúdo) 

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