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Alckmin diz não ver perseguição de Janot contra classe política

Procurador-geral da República foi alvo de críticas do presidente Michel Temer e dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL)

Por Da Redação
30 ago 2017, 14h21

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira não ter “nenhuma razão” para acreditar que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, persegue políticos em suas recentes denúncias. Na terça, Janot foi indiretamente criticado pelo presidente Michel Temer (PMDB), que deve ser alvo de uma nova acusação, e recebeu ataques dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL), contra os quais fez uma série de denúncias.

“Não tem nenhuma razão para achar que isso ocorra. É preciso verificar o processo e analisar. Em princípio, não [há perseguição]”, disse Alckmin, após cerimônia de entrega de veículos à Polícia Militar em Ribeirão Preto (SP). Sobre a nova denúncia de Janot contra Temer, o governador desconversou. “Não há qualquer informação, vamos aguardar.”

Defensor das reformas que tramitam no Congresso, independentemente do apoio formal ao governo Temer, Alckmin admitiu que alterações na Previdência correm o risco de serem aprovadas apenas parcialmente, diante da base frágil para a provação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). “A Reforma a Previdência depende de quórum alto, mas é possível aprovar ao menos uma parte.” Para aprovar uma PEC são necessários 308 votos na Câmara ou 3/5 do total.

Para o governador paulista, a reforma mais urgente é a política, visando às eleições de 2018. Ele defendeu a aprovação da cláusula de barreira para frear o aumento de partidos políticos, o voto distrital, ou distrital misto, e os limites para tornar a campanha mais barata. “Hoje tem uma notícia de que deve ser autorizada a criação do 36º partido político. É inadmissível.”

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Presidência

Alckmin afirmou que o relacionamento com o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), “é muito bom, assim como com todos os prefeitos de São Paulo”. Eles travam uma disputa silenciosa pela indicação como candidato a presidente pelo PSDB nas eleições de 2018.

O governador também declarou que não está em pré-campanha para presidente. Ele disse “trabalhar para ajudar o país a sair da crise” e negou que Doria tenha sido preterido em um jantar realizado com os prefeitos do ABC paulista, na segunda-feira. “A reunião foi só com prefeitos do ABC, eles têm consórcio com oito municípios. Estive com João Doria no domingo, tomando um café, então essa reunião foi só com o ABC”, explicou.

(Com Estadão Conteúdo)

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