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Aécio Neves destitui Tasso Jereissati da presidência do PSDB

Senador mineiro indicou o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman para comandar o partido até a convenção nacional, no dia 9 de dezembro

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 nov 2017, 17h11 - Publicado em 9 nov 2017, 16h39
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  • O senador Aécio Neves (MG) destituiu, nesta quinta-feira, o senador Tasso Jereissati (CE) da presidência interina do PSDB. Afastado do comando da sigla desde maio, quando foi atingido pela delação premiada do empresário Joesley Batista, Aécio alega que, com a decisão, garante a “isonomia” do processo que escolherá o novo comandante do partido. Tasso lançou oficialmente sua candidatura nesta quarta-feira e terá como adversário na disputa o governador de Goiás, Marconi Perillo, apoiado por Aécio Neves.

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    O senador mineiro, que conversou com o cearense sobre a destituição na manhã de hoje, no entanto, não voltará à presidência do partido. Aécio indicou o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, vice-presidente mais velho da legenda, para comandá-la interinamente até o dia 9 de dezembro, quando a convenção nacional do PSDB escolherá o novo presidente.

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    “Conforme conversa que tivemos hoje, em razão de sua candidatura à presidência do PSDB, formalizada ontem, e com o objetivo de garantir a desejável isonomia entre os postulantes, estou reassumindo a presidência do partido e, ato contínuo, indicando nosso mais antigo vice-presidente, o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, para conduzir com imparcializada a eleição que se dará na convenção nacional marcada para o próximo dia 9 de dezembro”, afirmou Aécio Neves em carta a Tasso Jereissati (veja abaixo).

    A destituição de Tasso é mais um capítulo do conflito interno entre tucanos favoráveis e contrários à permanência do partido no governo do presidente Michel Temer (PMDB). Apesar de debilitado politicamente, Aécio Neves é o principal fiador da permanência do partido na base aliada. O PSDB ocupa quatro ministérios: Cidades (Bruno Araújo), Relações Exteriores (Aloysio Nunes Ferreira), Direitos Humanos (Luislinda Valois) e Secretaria de Governo (Antonio Imbassahy).

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    Já Tasso é um dos líderes da ala que defende a saída do partido do governo Temer, embora veja “enorme identidade” entre os tucanos e as reformas econômicas propostas pelo presidente. O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso também é um dos que pregam a saída do governo. “Ou o PSDB desembarca do governo na convenção de dezembro e reafirma que continuará votando pelas reformas ou sua confusão com o peemedebismo dominante o tornará coadjuvante na briga sucessória”, escreveu FHC em um artigo publicado no último final de semana.

    Ao lançar sua candidatura à presidência do partido, ontem, o senador cearense defendeu que o PSDB adote um código de ética “mais rigoroso” e um estatuto que contemple a adoção de um conjunto de boas práticas.

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    Aécio Neves foi gravado por Joesley Batista em uma conversa em que pediu ao empresário 2 milhões de reais para custear sua defesa na Operação Lava Jato. A JBS pagou o valor em quatro parcelas de 500.000 reais em dinheiro vivo, entregues pelo ex-diretor de relações institucionais da empresa, Ricardo Saud, a Frederico Pacheco de Medeiros, primo do tucano.

    Depois que a gravação veio à tona, Aécio foi afastado duas vezes do mandato pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O primeiro afastamento foi derrubado por uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello; o segundo foi derrubado pelo próprio Senado, depois de o STF decidir que cabe às Casas Legislativas autorizar o afastamento de seus membros.

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    (Reprodução/Reprodução)
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