Abin avalia protestos como maior ameaça à visita do papa
Painel de monitoramento da Agência Brasileira de Inteligência deu alerta vermelho às manifestações de rua que sacudiram o Brasil no último mês
Por Da Redação
16 jul 2013, 16h07
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) avaliou as manifestações de rua como a principal “fonte de ameaça” à visita do papa Francisco ao Rio de Janeiro. O pontífice desembarcará no Brasil na próxima segunda-feira e será a principal atração da Jornada Mundial da Juventude, que reunirá centenas de milhares de católicos de diversos lugares do mundo.
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A classificação foi destaque em um painel de monitoramento do Centro de Inteligência Nacional, na sede da agência em Brasília. Os “grupos de pressão”, caracterizados por mobilizações espontâneas por causas diversas, como os que agitam o país recentemente, receberam o alerta máximo de “possibilidade de incidente” representada pela cor vermelha.
As outras “fontes de ameaça”, como incidentes de trânsito, crime organizado, organizações terroristas, movimentos reivindicatórios e criminalidade comum são caracterizadas pelas cores laranja (média possibilidade de incidentes) e verde (baixa possibilidade).
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Apesar de estar atento às mobilizações sociais, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), José Elito Siqueira, afirmou que isso não será um problema para o evento. O painel de monitoramento é abastecido todos os dias com informações atualizadas sobre o que acontece no Brasil.
Nesta terça-feira, o aparelho explicava porque os “grupos de pressão” configuram a maior preocupação da agência na passagem do papa pelo Rio. “Diante das ações dessa fonte percebidas no país nos últimos meses associadas às ações internacionais relacionadas a grandes eventos desse teor, considerou-se a tendência de manifestação positiva durante o evento”, informava o painel às 10h52 desta terça.
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Depois dos protestos, figuravam os movimentos reivindicatórios, compreendidos como as “iniciativas de caminhoneiros, médicos e sindicatos variados”, e a criminalidade comum, avaliada como dentro da normalidade para a região.
São Paulo – Diferentemente do Rio de Janeiro, a maior preocupação para a viagem do papa à Aparecida, no interior de São Paulo, são os movimentos reivindicatórios, com alerta laranja. Em seguida, vem os grupos de pressão e organizações terroristas, ambos com o alerta verde. Às 10h52 desta terça, o painel informava que “não há indício, até o momento, de manifestações na região do Santuário de Nossa Senhora Aparecida”.
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