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A “traição” de Rodrigo Pacheco no caso da CPI dos atos golpistas

Governo Lula joga duro contra a instalação da Comissão, devido ao temor que ela seja usada para desgastar ministros como Flávio Dino

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 fev 2023, 10h45
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  • Poucas horas após os atos golpistas em Brasília, em 8 de janeiro, a senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) entrou em campo para propor a criação de uma CPI que investigasse a depredação nas sedes dos três Poderes, na capital. Em pouco mais de um mês, como mostra reportagem de VEJA desta semana, a ex-presidenciável reuniu assinaturas de 38 senadores, onze a mais que o necessário para criar a comissão de inquérito, mas viu minguarem as chances de a CPI, de fato, ser instalada. Isso porque a maioria das assinaturas foi feita por senadores de partidos da base aliada do governo Lula, que não quer a comissão por temer que ela seja usada para desgastar ministros como Flávio Dino, além de haver obstáculos regimentais quanto à validade dos apoios.

    Parte dos senadores que assinaram o pedido, agora, diz não apoiar mais a criação da CPI, usando um argumento coincidente com o do Palácio do Planalto: as investigações têm andado a contento no STF, na PGR e na PF e que não haveria necessidade de “duplicar” as apurações. “A assinatura foi feita no ‘sangue quente’ em cima de algo muito grave. Logo depois disso muita gente foi presa e há investigados”, pondera o senador Otto Alencar (BA), lulista que lidera a bancada do PSD, a maior do Senado, com dezesseis membros, e assinou o requerimento de Soraya Thronicke. “Seria cabível a CPI se alguma das ações de investigação ou medidas judiciais não tiverem continuidade. Caso contrário, por que fazer uma CPI?”, questiona o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), outro signatário da lista.

    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chegou a dizer recentemente que havia “fato determinado, de magnitude e importância, e assinaturas suficientes”, motivo pelo qual não lhe restaria alternativa que não ler o pedido de CPI, ato que abre caminho para sua instauração. Joga a favor do esvaziamento da comissão, no entanto, um entendimento da Secretaria-Geral da Mesa do Senado no sentido de que o pedido da senadora do União Brasil, apresentado ainda na legislatura anterior, antes de fevereiro, ficou prejudicado, assim como as assinaturas que apoiam a iniciativa. Seria necessário, assim, apresentar novo pedido e colher novamente apoios entre os senadores.

    Soraya se defende citando um artigo do regimento do Senado para argumentar que o requerimento elaborado por ela, assim como as assinaturas de seus colegas, permanece válido. A senadora também diz ter recebido a palavra de Rodrigo Pacheco de que ele leria o pedido de criação da CPI na próxima sessão deliberativa, prevista para o dia 28, terça-feira. “Quando protocolei o requerimento, o único senador com quem conversei foi o presidente”, diz ela. Já não confiando mais na promessa, contudo, Soraya acionou no último dia 16 o STF por Pacheco ainda não ter instaurado a CPI e classificou o comportamento dele como “atuação política antidemocrática” e “omissão”. Ela pede que o Supremo ordene a abertura da comissão de inquérito. A Corte não tem prazo para analisar o pedido, que foi distribuído ao ministro Gilmar Mendes.

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