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A “taxa de fidelidade” dos partidos e dos políticos que apoiam o governo

Batizada de “nova articulação política”, estratégia do Planalto consiste em premiar aliados com cargos públicos

Por Thiago Bronzatto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 out 2020, 08h58
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  • CONGRESSO - Antes desprezadas, alianças políticas costuradas pelo ministro Luiz Eduardo Ramos (à direita) resultaram em uma bancada importante para votar as reformas e garantir estabilidade (Marcos Corrêa/PR)

    Em fevereiro deste ano, Jair Bolsonaro assistiu no Palácio da Alvorada a uma apresentação feita pelo ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo. No encontro, o general da reserva mostrou como milhares de cargos públicos estavam nas mãos de partidos que faziam oposição ao governo no Congresso. Após analisar esse levantamento, o presidente disse: “Preciso de uma base sólida, sem toma lá dá cá”. Pouco tempo depois, ele começou a se reunir com presidentes de diferentes legendas — de Ciro Nogueira, do PP, a Baleia Rossi, do MDB. Só ficou de fora da lista Valdemar Costa Neto, líder do PL que falou com Bolsonaro por uma videoconferência, e o pastor Everaldo, comandante do PSC, atualmente preso. Nesses encontros, foi selada uma aliança que foi batizada de “nova articulação política” do governo.

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    Em março, Ramos recebeu no Planalto todos os líderes dos partidos e iniciou uma articulação para formar a base do governo no Congresso. Nessa reunião, houve um acordo de distribuição de nomeações em órgãos públicos e de emendas. O Banco do Nordeste, por exemplo, foi dividido entre o PL e o PP. A secretaria de vigilância do ministério da Saúde foi para o PL. Uma diretoria da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) foram dados para Ciro Nogueira, do PP. Em uma reunião reservada, o ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, brincou que somente o seu chefe de gabinete e o seu secretário-executivo eram suas escolhas pessoais. Os demais cargos eram indicados por políticos. Um deles, aliás, foi nomeado, mesmo após ser acusado de estelionato.

    Com isso, os resultados começaram a aparecer no Congresso. Um levantamento do Palácio do Planalto, obtido por VEJA, revela que o governo passou a monitorar a taxa de fidelidade dos partidos. Numa votação, o PL, que conta com 42 votos na Câmara, registrou um índice de apoio de 86%, enquanto o PP, que contabiliza 33 deputados federais, alcançou 86%. Essa performance também é monitorada individualmente em uma ficha com dados de cada parlamentar. O senador Ciro Nogueira, por exemplo, tem um nível de apoio às pautas de Bolsonaro classificado como “verde”, ou seja, a melhor pontuação. Os opositores, claro, estão na zona “vermelha”.

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