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A resposta de Zanin às cobranças de alinhamento com o governo

Indicado de Lula ao STF foi alvo de petardos após votos sobre descriminalização da maconha e equiparação de ofensas homofóbicas ao crime de injúria

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 out 2023, 15h32

Mais novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin adotou um discurso pronto desde que passou a ser alvo de críticas de setores da esquerda por ter se posicionado de forma contrária à descriminalização da maconha para uso pessoal e por ter rejeitado um recurso que buscava equiparar ofensas à comunidade LGBTQIA+ ao crime de injúria racial. A interlocutores, ele tem repetido que não pretende “seguir uma cartilha” de alinhamento com o governo e que, ao ser indicado pelo presidente Lula à Suprema Corte, deixou claro que atuaria com imparcialidade.

Quando votou contra a descriminalização da posse de maconha para uso pessoal, por exemplo, Zanin foi alvo de parlamentares petistas e de advogados ligados ao partido que, por meio de grupos de WhatsApp, criticaram o que avaliavam como postura conservadora do recém-nomeado magistrado.

No caso da equiparação de ofensa homofóbicas à injúria, o ministro não entrou no mérito da discussão porque considerou que o recurso apresentado ao tribunal não poderia reabrir um caso já julgado. Ainda assim, levou petardos de setores da esquerda.

Até a primeira-dama Janja da Silva se manifestou depois que um meme comparava o indicado petista ao ministro do STF André Mendonça, indicado à Corte pelo ex-presidente Jair Bolsonaro sob a alegação de ser “terrivelmente evangélico”. Para Janja, “o meme é engraçado, mas também tem um tantinho de trágico”.

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Mais recentemente, durante o julgamento do chamado marco temporal, tese que fixa a data da promulgação da Constituição, em 1988, para se definir a titularidade de terras indígenas, aliados do governo ligados ao setor do agronegócio fizeram circular a versão de que Lula teria telefonado a Zanin e exigido voto a favor do marco.

Como se sabe, Zanin votou contra a imposição de qualquer recorte temporal e disse que demarcações das terras indígenas devem ter tramitação rápida e prioritária. Ele se alinhou ao entendimento que, por nove votos a dois, derrubou o marco e traçou balizas como o direito à indenização por conta de benfeitorias feitas em terras indígenas ocupadas de boa-fé.

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