Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Calero diz que foi pressionado por Temer para liberar obra

Ex-ministro da Cultura afirmou que o presidente o "enquadrou" para encontrar uma "saída" para a questão envolvendo um empreendimento de interesse de Geddel

Por Da redação
Atualizado em 24 nov 2016, 20h28 - Publicado em 24 nov 2016, 20h03
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero afirmou, em depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira, que o presidente Michel Temer o “enquadrou” para que ele encontrasse uma “saída” para a questão envolvendo o prédio La Vue Ladeira da Barra, em Salvador, onde o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, tem um apartamento. O empreendimento foi barrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por se localizar em área tombada. Em entrevistas anteriores, Calero já havia dito que Geddel o havia pressionado a liberar a obra – e que este seria o principal motivo da seu pedido de demissão do ministério. Agora, à Polícia Federal, o ex-ministro disse que também recebeu pressão de Temer para atuar em favor de Geddel. A informação foi divulgada em reportagem do jornal Folha de S. Paulo na tarde desta quinta-feira.

    Publicidade

    “Que na quinta, 17, o depoente foi convocado pelo presidente Michel Temer a comparecer no Palácio do Planalto; que nesta reunião o presidente disse ao depoente que a decisão do Iphan havia criado ‘dificuldades operacionais’ em seu gabinete, posto que o ministro Geddel encontrava-se bastante irritado; que então o presidente disse ao depoente para que construísse uma saída para que o processo fosse encaminhado à AGU [Advocacia-Geral da União], porque a ministra Grace Mendonça teria uma solução”, disse Calero, de acordo com a transcrição do depoimento prestado à PF e revelado pela Folha. O depoimento foi enviado hoje ao Supremo Tribunal Federal, que deve decidir se abre ou não um inquérito contra Geddel.

    Publicidade

    Na sequência do depoimento, Calero afirmou que Temer via com normalidade a pressão exercida por Geddel. “Que, no final da conversa, o presidente disse ao depoente ‘que a política tinha dessas coisas, esse tipo de pressão'”, diz trecho do depoimento. O ex-ministro prosseguiu, dizendo que se sentiu “decepcionado” pelo caso e optou se demitir.

    Continua após a publicidade

    Após receber o depoimento da PF, o Supremo Tribunal Federal (STF) encaminhou as declarações de Calero à Procuradoria-Geral da República. Agora, a equipe do procurador-geral Rodrigo Janot irá se debruçar sobre os relatos para decidir se é necessário solicitar a abertura de uma investigação formal ou se o caso deve ser arquivado. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo diz que a tendência é pela abertura do inquérito, o que levaria Geddel a ser investigado formalmente.

     

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.