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A logística da Operação Tabajara contra Alexandre de Moraes – ouça áudio

Envio de localização e áudio com instruções são digitais do plano que o ministro do STF classificou ironicamente como 'ideia genial'

Por Laryssa Borges e Leonardo Caldas
4 fev 2023, 13h35
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  • Imagina-se que a logística para se articular um golpe de Estado, como o proposto ao senador Marcos do Val (Podemos-ES) pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo ex-deputado Daniel Silveira (PL), seja cercada de cuidados, como a destruição de mensagens, mapas, áudios ou quaisquer indícios que eventualmente possam ser utilizados para punir os mentores da quebra da normalidade democrática. O universo bolsonarista, porém, tem suas peculiaridades. A reunião em que foi discutida a armadilha para se gravar clandestinamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a partir daí anular as eleições e manter o ex-capitão no poder, por exemplo, deixou uma série de digitais que dão a dimensão do que o próprio magistrado resumiu ironicamente como “ideia genial”.

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    Primeiro, o local escolhido para se detalhar como anular as eleições e garantir a permanência de Bolsonaro no poder foi o Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República e um dos pontos turísticos mais conhecidos de Brasília. Para evitar a eventualidade de do Val parar em outro lugar, Daniel Silveira enviou a ele até a localização do QG do golpe. Na sequência, instruções para deixar o carro – Do Val utilizou o veículo oficial do Senado, de fácil identificação – no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência situada a apenas a alguns metros do destino final. Recebeu por fim uma nova localização – desta vez a do Jaburu – e orientações extras por uma mensagem de áudio, que, diga-se, não foi destruída. Ouça o áudio:

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    Na logística para o golpe, um dos veículos da escolta presidencial buscou Marcos do Val no Jaburu. Um motorista de Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira ocuparam a frente do veículo, e o senador sentou-se, sozinho, no banco de trás. A ideia era acessar o Alvorada sem ser identificado, mas o segurança do palácio simplesmente não levantou a cancela. A atitude, avaliaram os aspirantes a golpistas, poderia colocar tudo a perder.

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    Instantes depois, o motorista baixou o vidro do carro, passou uma descompostura no guarda e seguiu adiante. O plano para o golpe não podia mais esperar.

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