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A aposta dos tucanões

Depois de meses de guerra fratricida, PSDB entra em acordo sobre a candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República. Falta saber se ela decolará

Por Ana Clara Costa Atualizado em 30 nov 2017, 20h42 - Publicado em 30 nov 2017, 20h25
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  • Os tucanos finalmente avançaram algumas casas no tabuleiro. Na semana passada, a briga pela presidência da sigla chegou ao fim. O governador Geraldo Alckmin será o chefe do partido e com isso se encerra a luta fratricida que se desenrolava havia quatro meses entre as alas dos senadores Tasso Jereissati e Aécio Neves. Com o acordo, uma segunda e mais importante disputa — essa pelo posto de candidato do partido à Presidência da República — também fica praticamente liquidada. Na condição de comandante e “pacificador” do partido (além, claro, de detentor da chave do cofre da legenda), Alckmin passa a ser “o” nome do PSDB para as eleições presidenciais de 2018. Já havia contribuído para essa definição a desidratação do prefeito João Dória, que agora se dará por satisfeito se conseguir a indicação para a vaga de candidato do partido ao governo de São Paulo. Por último, mas não menos importante, a terceira boa notícia da semana para os tucanos foi o anúncio feito por Luciano Huck. O apresentador da Globo garantiu que não mais será o que nunca chegou a ser de fato: candidato ao Palácio do Planalto e, nessa condição, ocupante da mesma raia de centro onde os tucanos pretendem bater suas asas no ano que vem. Bons para o conjunto do partido, os três eventos, vistos de outra forma, apontam para uma vitória individual — a de Alckmin.

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    O governador de São Paulo é hoje praticamente o único ponto de intersecção numa sigla que passou os últimos seis meses em desacordo sobre tudo — da permanência na base do governo à reforma da Previdência, passando pelo teor do seu programa partidário e o tipo de punição devida a Aécio, flagrado achacando o empresário Joesley Batista (o partido não voltou a falar na sua expulsão nem mesmo na terça-feira, quando o site G1 revelou que o mineiro tinha o hábito de usar celulares em nome de laranjas para poder conversar mais à vontade, numa prática periclitante que em nada enobrece um senador da República). Alckmin pode ser a última cartada de um partido que, menos de três anos depois de ter chegado perto de assumir a Presidência, viu seu quase vitorioso candidato ser pulverizado pela Lava Jato, incinerando seu vistoso patrimônio de 51 milhões de votos. De junho de 2015 a junho deste ano, a popularidade do PSDB, que nunca foi grande coisa, ainda caiu pela metade: foi de 9% para 5%, segundo o instituto Ipsos. Discordâncias internas e mesmo “fogo amigo” são práticas comuns à política e, no caso do PSDB, questões bem mais graves que essas contribuíram para levar o partido à atual situação. Ainda assim, chama atenção o especial fascínio que os tucanos têm pela disputa interna. Exemplo: enquanto a refrega entre os grupos de Tasso e Aécio atingia a temperatura máxima, e nem bem haviam esfriado as cinzas da briga entre Alckmin e Doria pela vaga de candidato em 2018, o ex-governador José Serra ameaçou jogar seu graveto na fogueira. Para espanto geral, procurou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para reclamar do apoio que ele vinha demonstrando à pré-candidatura de Alckmin. Serra deu a entender que, mesmo invisível nas pesquisas e com a Lava Jato nos calcanhares, esperava ter seu nome lembrado para concorrer novamente à Presidência.

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