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10 imagens de satélite que mostram o avanço do desmatamento em 2019

Veja como eram e como ficaram algumas das maiores áreas que se somam ao montante de alertas que foi criticado pelo presidente Jair Bolsonaro

Por Leonardo Lellis Atualizado em 16 ago 2019, 22h37 - Publicado em 16 ago 2019, 08h00
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  • Quando fez coro presidente Jair Bolsonaro (PSL) nos ataques ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que constatou um aumento no número de desmatamentos na Amazônia nos últimos meses, o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles colocou em xeque a eficiência do sistema Deter, que emite alertas diários de desmatamento para orientar ações de fiscalização. O chefe da pasta considera a plataforma imprecisa e anunciou a abertura de licitação para um serviço privado que considera mais eficaz.

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    Ponderações do ministro à parte, uma plataforma criada por uma rede formada por universidades, empresas de tecnologia e entidades ambientais já confirma os efeitos detectados pelo Inpe e contra os quais os presidente e seu ministro se insurgiram. Lançada no mês passado, a MapBiomas cruza os alertas de satélite com informações fundiárias e dos órgãos de fiscalização e os refina com imagens em maior resolução, fornecidas pela Planet — a mesma que foi elogiada por Salles em entrevista a VEJA. Visto de cima, o resultado dá feições ainda mais dramáticos do que os números que o presidente chamou de “mentirosos”.

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    Somente entre janeiro e março deste ano, o sistema cruzou mais de 2.307 alertas com dados fundiários, em uma área que cobre pelo menos 59 mil hectares em todo o país. Mais de 95% não tinham autorização ou estão em situação ilegal, por afetarem áreas de reserva legal ou de preservação permanente. Coordenador da plataforma, o engenheiro florestal Tasso Azevedo explica que o número é preocupante por uma particularidade climática, em especial na Amazônia: no início do ano, há tradicionalmente menos desmatamentos por causa do tempo mais úmido e a alta nebulosidade dificulta a captação de imagens. A tendência, portanto, é piorar.

    Ele explica que os sinais emitidos pelo governo Bolsonaro, que vai da desautorização dos órgãos de controle à intenção de reduzir as unidade de conservação, tendem a favorecem este cenário. “Desmatar é uma atividade cara e que se torna mais ou menos frequente de acordo com o risco de ser penalizado por uma ilegalidade. No momento vive se tornou uma aposta de baixo risco diante da certeza da impunidade”. Reportagem de VEJA mostra que a política ambiental de Bolsonaro prejudica não só a imagem do país, mas também podem gerar perdas na economia.

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    Arraste as setas para os lados para ver os maiores desmatamentos sem autorização de 2019, segundo a MapBiomas


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    Equivale a:
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    Bacia hidrográfica:
    O que afeta?
    Rio Sono (TO)
    493,67 hectares
    457 campos de futebol
    Cerrado
    Rio Tocantins
    Reserva legal, área de preservação permanente e nascente

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    Área desmatada:
    Equivale a:
    Bioma:
    Bacia hidrográfica:
    O que afeta?
    Marcelândia (MT)
    465,95 hectares
    431 campos de futebol
    Amazônia
    Rio Tapajós
    Reserva legal, área de preservação permanente e área com embargo (não pode ser utilizada em razão de uma penalidade anterior)

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    Equivale a:
    Bioma:
    Bacia hidrográfica:
    O que afeta?
    Barreiras (BA)
    406,91 hectares
    377 campos de futebol
    Cerrado
    Rio São Francisco
    Área de preservação permanente

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    Área desmatada:
    Equivale a:
    Bioma:
    Bacia hidrográfica:
    O que afeta?
    Gaúcha do Norte (MT)
    368,92 hectares
    342 campos de futebol
    Cerrado
    Rio Xingu
    Área de preservação permanente

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    Área desmatada:
    Equivale a:
    Bioma:
    Bacia hidrográfica:
    O que afeta?
    Canarana (MT)
    364,94 hectares
    338 campos de futebol
    Amazonia
    Rio Xingu
    Reserva legal

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    Área desmatada:
    Equivale a:
    Bioma:
    Bacia hidrográfica:
    O que afeta?
    Água Boa (MT)
    336,19 hectares
    311 campos de futebol
    Cerrado
    Rio Araguaia
    Área de preservação permanente

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    Área desmatada:
    Equivale a:
    Bioma:
    Bacia hidrográfica:
    O que afeta?
    Sapezal (MT)
    280,74 hectares
    260 campos de futebol
    Cerrado
    Rio Tapajós
    Reserva legal e área de preservação permanente

    Localização:
    Área desmatada:
    Equivale a:
    Bioma:
    Bacia hidrográfica:
    O que afeta?
    Corumbá (MS)
    228,87 hectares
    212 campos de futebol
    Pantanal
    Rio Taquari
    Área de preservação permanente

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    Localização:
    Área desmatada:
    Equivale a:
    Bioma:
    Bacia hidrográfica:
    O que afeta?
    Canarana-MT
    217,68 hectares
    202 campos de futebol
    Amazonia
    Rio Xingu
    Reserva legal

    3992

    Localização:
    Área desmatada:
    Equivale a:
    Bioma:
    Bacia hidrográfica:
    O que afeta?
    Gaúcha do Norte-MT
    205,70 hectares
    190 campos de futebol
    Cerrado
    Rio Xingu
    Reserva legal e área de preservação permanente

    Localização:
    Área desmatada:
    Equivale a:
    Bioma:
    Bacia hidrográfica:
    O que afeta?
    Campos de Júlio-MT
    199,49 hectares
    185 campos de futebol
    Cerrado
    Rio Tapajós
    Nada, mas o desmatamento não tem autorização

     


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