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O carnaval do detox digital

Que tal aproveitar o Carnaval para fazer aquilo que, secretamente, você já teve vontade: jogar fora o smartphone e ficar desplugado? Mas cuidado, porque a desintoxicação digital é sofrida

Por Filipe Vilicic e Raquel Beer
13 fev 2015, 00h00

Há um paradoxo no Carnaval brasileiro – nunca se foi tanto à rua, em blocos que invadiram o Rio e São Paulo antes mesmo do início oficial da folia, sem falar nas multidões que sobem e descem as ladeiras de Salvador, do Recife e de outras capitais. E, no entanto, eis aí o descompasso, nunca se esteve tão distante das sensações reais, do corpo a corpo, da urgência do “vou beijar-te agora” da antiga marchinha-rancho. Em vez de máscaras negras, um smartphone diante do rosto (o.k., pode ser um pau de selfie) e um concurso dissimulado, mas nem tanto assim, cujo objetivo é bater recordes de fotos no Instagram e postagens no Facebook. Pouco importa quem está ali ao lado, suado, molhado, o que vale mesmo são as curtidas de dedo para cima ou coraçãozinho quase automático de redes sociais onipresentes. Tchibum! Os dias de feriado seriam uma ótima oportunidade para fazer aquilo que, durante todo o ano, vez ou outra imaginamos secretamente fazer: jogar fora o aparelho que nos impede de tirar os olhos da tela – um pouco de autocrítica é suficiente para entender que alguém exageradamente conectado pode ser muito chato; mas ficar off-line, desplugado, no bloco do eu sozinho? Não. É tão difícil viver assim que, a essa tentativa temporária de tirar os fios ou cortar o wi-fi, se deu o nome de “detox digital”.

A intoxicação eletrônica, ainda que soe exagerada, é palpável. Médicos consideram que permanecer acima de três horas diárias conectado pode transformar um hábito em uma rotina prejudicial à saúde. O ruim é achar que só se vive em sociedade on-line (o brasileiro fica em média nove horas diárias na rede), sorvendo uma avalanche de informações tortas que nos chegam de todos os cantos, sem filtro, venenosas como açúcar para o diabetes. O simples exercício de imaginar como seria viver desplugado faz bem, é quase uma epifania, embora pareça impraticável e assustador para quem se desespera quando termina a bateria, um problema ainda insolúvel.

Não se trata de romantizar o passado, de chorar o bom tempo que já passou. Estar on-line é uma condição de nossa civilização, e daí brotaram extraor­dinários avanços. São inegáveis, enfim, as vantagens do mundo virtual, motor para todas as atividades humanas. Porém, a partir do momento em que começamos a nos exceder na rotina plugada, surgiram os malefícios. O que as pessoas mais produzem na rede? Buscas em sites como o Google e mensagens em redes sociais, campos férteis para fofocas e radicalismos (sejam de quais tipos forem). À primeira vista, pode parecer um costume sem sérias consequências. Mas novas investigações têm provado que o abuso da internet prejudica, sim, a vida off-line.

Teste: descubra se sua rotina on-line está sob controle ou se já pode ter afetado negativamente a vida off-line

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