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Fundador do Airbnb fala de sua parceria oficial com os Jogos de 2016 no Rio

Joe Gebbia, co-fundador de uma das startups mais valiosas do Vale do Silício, tenta fugir da inescapável briga ao defender que seu acordo de hospedagem com a organização da Olimpíada 2016 não prejudicará os hotéis cariocas

Por Gabriela Neri
27 mar 2015, 18h19

Sucesso desde seu lançamento em 2008, o Airbnb é um aplicativo e site americano para pessoas anunciarem e alugarem acomodações privadas, de pessoas físicas. Trinta milhões de clientes já se hospedaram pela plataforma. São mais de um milhão de anúncios ativos no app, e o Rio de Janeiro é a cidade brasileira que possui mais divulgações. Na entrevista a seguir, o co-fundador do Airbnb Joe Gebbia fala sobre a parceira que a startup do Vale do Silício fechou hoje com a organização da Olimpíada 2016 para ser a única opção de hospedagem alternativa oficial do evento (na categoria, não entram hotéis). Segundo ele, o interesse na parceria se intensificou durante a Copa do Mundo de 2014, quando os anfitriões brasileiros do Airbnb movimentaram 40 milhões de dólares em hospedagens. Os cariocas foram os que mais faturaram: 26 milhões de dólares durante o Mundial, com anúncios de casas e apartamentos em 52 bairros diferentes, inclusive em favelas. Graças a essa explosão de solicitações, a plataforma garante já ter reservado mais de 20 000 acomodações para expectadores, e até mesmo alguns atletas, para a Olimpíada do ano que vem.

Por que firmar uma parceria, quando o serviço do Airbnb é fundamentalmente espontâneo? Serve para mostrar uma mudança significativa na gestão de negócios do Airbnb. Ser capaz de, oficialmente, conectar os visitantes internacionais com anfitriões cariocas, durante um evento tão grande, é uma honra e grande desafio para nós. Eleva nosso patamar.

O Brasil chama atenção no Airbnb? O crescimento é incrível. Pessoas de vários lugares do mundo estão visitando o Brasil, e os brasileiros também estão viajando bastante. Em 2012, nós tínhamos 3 500 anfitriões no Brasil. Nos últimos três anos, fomos a 45 000.

Durante a Copa do Mundo de 2014, principalmente no Rio de Janeiro, muitos hotéis inflacionaram o preço de diárias. O Airbnb têm alguma política para controlar o valor dos aluguéis, ou vão deixar que eles disparem na Olimpíada? Não nos responsabilizamos pelo preço, que é de escolha dos locatários. Apesar disso, temos a postura de orientar anfitriões a não aumentarem tanto o valor, até para atrair mais clientes.

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O Airbnb é tido como vilão pelos hotéis, pois claramente rouba hóspedes. Não é assim. Pelo contrário, nós adicionamos novas acomodações a uma rede muitas vezes saturada, principalmente em grandes eventos. Na verdade, o Airbnb começou porque hotéis estavam lotados. Ou seja, nós crescemos, sem diminuir ninguém. Então, fazemos o nosso melhor e eles também. Assim, conseguimos ajudar as cidades a receberem mais visitantes.

Essa parceria com um evento desse porte significa mais credibilidade e visibilidade para o Airbnb. Vocês esperam que o público que usa o app seja ampliado? O que nós queremos é estar no topo dos pensamentos das pessoas quando elas pensam em viagens, sejam elas domésticas ou internacionais. Eu acredito que essa é uma oportunidade maravilhosa para mais pessoas tornarem-se anfitriãs e conseguirem uma fonte de renda alternativa, se não primária.

Como a economia compartilhada (pela qual o relacionamento entre vendedores e compradores é direto, sem intermediários), cerne do Airbnb, impacta a economia global? Uma grande vantagem é que indivíduos de diversos status econômicos conseguem participar desse tipo de negociata. Não é preciso ser dono de uma empresa para isso. No Airbnb, os passageiros encontram acomodações por preços acessíveis ao bolso deles, e também os anfitriões conseguem ter uma renda extra. É uma ótima troca de experiências.

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