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Cirurgia bariátrica pode ajudar a prevenir o Alzheimer, diz estudo brasileiro

Pesquisadores da USP constataram que operação reverteu, no cérebro de voluntárias, ação ligada ao desenvolvimento da doença

Por Da Redação
26 ago 2014, 15h56

A cirurgia bariátrica pode alterar a atividade do cérebro e prevenir doenças como o Alzheimer, de acordo com um estudo brasileiro publicado nesta terça-feira no periódico Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism (JCEM). Essa descoberta pode diminuir a incidência do Alzheimer em obesos, estatisticamente 35% mais propensos à enfermidade do que pessoas com peso normal.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Changes in Neuropsychological Tests and Brain Metabolism after Bariatric Surgery

Onde foi divulgada: periódico Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism (JCEM)

Quem fez: Emerson Leonildo Marques, Alfredo Halpern, Marcio Corrêa Mancini, Maria Edna de Melo, Nídia Celeste Horie, Carlos Alberto Buchpiguel, Artur Martins Novaes Coutinho, Carla Rachael, Cintia Cercato, entre outros.

Instituição: Universidade de São Paulo (USP).

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Resultado: Em voluntárias obesas, a cirurgia bariátrica reverteu um processo de alteração cerebral ligado ao desenvolvimento do Alzheimer.

No estudo, 17 mulheres obesas foram submetidas a uma tomografia por emissão de pósitrons (PET, na sigla em inglês) e a testes neuropsicológicos para examinar a atividade do cérebro antes da cirurgia para redução de estômago e seis meses depois da operação. Para comparação, os mesmos passos foram repetidos em dezesseis mulheres de peso normal e não operadas.

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Cérebro – De acordo com os pesquisadores, a obesidade altera a atividade em uma área do cérebro chamada giro cingulado posterior, ligada ao desenvolvimento do Alzheimer. A tomografia mostrou que a cirurgia bariátrica reverteu essa alteração nas voluntárias. Por esse motivo, os autores concluíram que a operação pode ajudar a reduzir o risco do Alzheimer e de outras formas de demência.

No teste neuropsicológico, que media a habilidade do cérebro de conectar experiências passadas com ações no presente, as participantes também tiveram um melhor desempenho depois da operação. Essa função, chamada de executiva, é usada para planejar, organizar e produzir estratégias – mas não tem relação com o desenvolvimento do Alzheimer.

“Uma ampla literatura estabelece a obesidade como importante fator de risco do Alzheimer”, diz a endocrinologista Cintia Cercato, coautora do estudo e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP). “Nossos resultados sugerem que o cérebro é mais um órgão que se beneficia da perda de peso induzida pela cirurgia.”

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