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UE concorda com ampliação de sanções contra a Rússia

Medidas devem ser implantadas na próxima semana, mas ainda podem ser suspensas se acordo de cessar-fogo for respeitado no leste da Ucrânia

Por Da Redação
5 set 2014, 20h59

Diplomatas dos 28 países da União Europeia definiram em uma reunião nesta sexta-feira um novo pacote de sanções contra a Rússia, em resposta à interferência do Kremlin na Ucrânia. A expectativa é que as sanções sejam adotadas na próxima segunda e entrem em vigor na terça. Contudo, há espaço para que sua aplicação seja suspensa se o cessar-fogo entre os separatistas e as tropas ucranianas for mantido e se houver indicações claras de que Moscou está cooperando para uma solução diplomática para o confronto. Essas indicações incluiriam um monitoramento permanente da fronteira entre Rússia e Ucrânia e a retirada de forças russas do território vizinho.

As novas sanções definidas pelo bloco são medidas do chamado “nível três”, com forte impacto econômico sobre setores sensíveis da economia do país, segundo informação do jornal francês Le Monde. Caso sejam aplicadas, elas podem impedir, entre outras coisas, que cidadãos europeus comprem ações ou invistam em empresas públicas russas, especialmente aquelas do setor de energia e defesa, o que pode gerar imensas dificuldades para grandes companhias que precisam captar dinheiro no exterior. As sanções também preveem uma suspensão de exportação de tecnologia voltada para fins militares. Os Estados Unidos devem seguir a movimentação das nações europeias com medidas semelhantes.

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Adicionalmente, as novas medidas também devem atingir mais pessoas que mantém ligações com o Kremlin. Vinte e quatro pessoas envolvidas com os separatistas já foram punidas com restrições a viagens. Segundo o Le Monde, medidas como boicotes a eventos esportivos, que poderiam afetar a Copa do Mundo de 2018, não foram discutidas. O presidente Barack Obama disse mais cedo que o cessar-fogo acertado nesta sexta-feira é resultado de sanções impostas anteriormente. Por sua vez, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, disse que o cessar-fogo é “uma boa notícia”, mas que novas sanções ainda devem ser discutidas.

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As novas medidas “darão à União Europeia uma ferramenta efetiva que nos permitirá dar uma resposta em um curto espaço de tempo”, afirmaram o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, em uma carta aos líderes do bloco. “Isso vai aumentar a eficácia das medidas já em vigor. Também vai reforçar o princípio de que as sanções da UE são direcionadas a promover uma mudança de curso nas ações da Rússia na Ucrânia”, segue o texto, segundo o Wall Street Journal.

A Rússia já alertou que vai retaliar um novo pacote de sanções. Em agosto, o Kremlin proibiu a importação de alimentos dos EUA e da UE, o que acabou favorecendo o Brasil.

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