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Tirar Cuba da lista terrorista abre caminho para embaixadas, dizem analistas

O Congresso americano tem agora 45 dias para avalizar a decisão de Obama e, caso não concordem com a medida, podem apresentar um projeto de lei para revogar a decisão

Por Da Redação
15 abr 2015, 07h55

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de retirar Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo é um “avanço substancial” que facilita o caminho para reabertura de embaixadas em ambos os países, indicaram nesta quarta-feira analistas consultados pela agência EFE. Trata-se do primeiro passo “significativo” e “concreto” no processo de restabelecimento das relações desde que Obama e Raúl Castro anunciaram a reaproximação no dia 17 de dezembro do ano passado, disse o ex-diplomata cubano Carlos Alzugaray.

O presidente americano sinalizou nesta terça ao Congresso sua intenção de retirar Cuba da lista de Estados patrocinadores do terrorismo, na qual o país está desde 1982 – ao lado de Síria, Irã e Sudão. Ser incluído nesta lista acarreta em receber a imposição automática de sanções econômicas e diplomáticas. Os parlamentares têm agora 45 dias para estudar a decisão de Obama e, caso não concordem com a medida, podem apresentar um projeto de lei para revogar a decisão presidencial.

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Cuba rejeita a inclusão nessa lista por considerá-la injusta e injustificada. A exigência da retirada foi um dos temas abordados nas rodadas de negociação até agora realizadas entre Havana e Washington, condicionando, de certa forma, a reabertura de embaixadas nas capitais dos dois países. Segundo o professor Esteban Morales, a decisão de Obama é um avanço substancial capaz de eliminar o obstáculo político que Cuba colocava para restabelecer as relações diplomáticas. “Isso permite reabrir as embaixadas e dá coerência ao posterior processo de normalização que será mais longo”.

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Morales lembrou que o Congresso ainda precisa se pronunciar sobre o assunto, mas disse acreditar que os parlamentares não farão oposição à decisão do presidente. A saída de Cuba da lista representa também o fim de algumas sanções como a proibição da venda e exportação de armas, de auxílio econômico e restrições às transações financeiras entre cidadãos. Além disso, soluciona de maneira quase automática o problema bancário sofrido pelo Escritório de Interesses de Cuba nos EUA (espécie de embaixada informal do país caribenho), que há mais de um ano não dispõe dos serviços de uma entidade financeira, o que afetou seu funcionamento.

Para os EUA, a abertura gradual da economia cubana pode representar um novo terreno a ser explorado para as empresas e bancos americanos. Companhias de telefonia e de internet já sinalizaram que estão dispostas a investir em Cuba. Empresas do setor agrícola, sobretudo produtoras de maquinário e fertilizantes, também demonstraram estar dispostas a investir no mercado cubano.

(Da redação)

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