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Nova manifestação reúne milhares em Hong Kong

Convocados por grupos pró-democracia, estudantes voltaram às ruas. Pequim adverte comunidade internacional e diz que protestos são "assunto interno"

Por Da Redação
10 out 2014, 13h15

Milhares de cidadãos de Hong Kong se reuniram novamente nesta sexta-feira nas ruas para pedir a abertura democrática para a ilha em resposta ao cancelamento por parte do Executivo local do diálogo previsto para acontecer entre as autoridades e os estudantes. Os manifestantes foram convocados nesta quinta pelas três organizações que lideram os protestos depois que o governo decidiu cancelar a rodada de conversas para tentar chegar a um acordo sobre o futuro da ilha e acabar com duas semanas de protestos.

“Estamos aqui para fazer mais pressão e para forçar o governo a nos escutar. Não esperamos que nossas reivindicações sejam cumpridas imediatamente, mas sim que nosso governo abra a via do diálogo e entenda que a democracia é dos cidadãos, não das instituições”, declarou a estudante Miriam Fong. “O governo está nos desafiando quando diz que não quer nos escutar. Acha que as pessoas que estavam protestando dia e noite não são importantes, mas aqui estamos todos hoje para dizer que somos muitos mais e que viemos pedir plena democracia”, disse Jason Lam, um programador que criou uma página na internet para recolher mensagens de apoio aos protestos. Segundo ele, o site recebeu mais de 35.000 mensagens de todo o mundo e só nesta sexta foram 3.000.

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O status de Hong Kong

Ex-colônia britânica, Hong Kong passou a ser uma região administrativa especial da China em 1997, ano em que o enclave foi devolvido. Pelo acordo entre britânicos e chineses, Hong Kong goza de um elevado grau de autonomia, liberdade de expressão e econômica. Também preserva elementos do sistema judicial ocidental. Essas condições devem ser mantidas pelo menos até 2047.

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Os manifestantes insistiram que seguirão com as concentrações até que o governo decida retomar o diálogo. A número dois do Executivo local, Carrie Lam, anunciou nesta quinta o fechamento das negociações em resposta ao ‘plano de desobediência civil’ que os estudantes lançaram horas antes. “O diálogo não seria construtivo. Os estudantes devem se retirar”, afirmou Lam. Horas depois, as três principais organizações dos maciços protestos (Occupy Central, Scholarism e a Federação de Estudantes de Hong Kong) anunciarem que não parariam a ocupação das ruas até que o governo atendesse suas demandas.

Advertência da China – O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, lembrou nesta sexta à comunidade internacional que os assuntos de Hong Kong pertencem à “política interna da China” e ressaltou a necessidade de respeitar a soberania de cada país. Li aproveitou sua entrevista coletiva em Berlim, ao lado da chanceler alemã Angela Merkel, para transmitir a mensagem do governo de Pequim. Ele afirmou que a população local, “com sua sabedoria”, e o governo da região administrativa especial de Hong Kong “serão capazes de manter o bem-estar da sociedade e garantir a estabilidade”.

Li lembrou que o governo de Pequim mantém a diretriz de ‘um país, dois sistemas’, com uma “grande autonomia” para Hong Kong. Após garantir que serão respeitados os interesses dos investidores estrangeiros na metrópole, Li lembrou que o governo da região de Hong Kong deve também proteger os habitantes cidade de possíveis danos. Merkel, numa sinalização de apoio aos protestos em prol da democracia, afirmou que deve continuar sendo respeitado o direito de expressão e de manifestação em Hong Kong.

(Com agências EFE e France-Presse)

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