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Netanyahu avalia proibir a residência de palestinos em Jerusalém Oriental

Ministros israelenses disseram à imprensa local que se surpreenderam com a ideia porque significaria mais um passo para a divisão da cidade

Por Da Redação
26 out 2015, 08h01

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, avalia revogar a permissão de residência dos palestinos de vários bairros de Jerusalém Oriental, possibilidade que foi criticada por vários de seus ministros. A medida, que está ainda em estudo, afetaria cerca de 80.000 palestinos, dos mais de 370.000 que vivem em Jerusalém, informa nesta segunda-feira a imprensa local. Netanyahu levou sua proposta há duas semanas ao gabinete de segurança do Conselho de Ministros por causa da onda de violência que sacode a região, principalmente a parte oriental de Jerusalém, cidade ocupada por Israel desde 1967.

O status de residente dá à população palestina dos bairros orientais de Jerusalém o direito de se movimentar livremente por todo o território de Israel, ao contrário da população da Cisjordânia que precisa de permissões especiais. Segundo o Times of Israel, a proposta faz parte do pacote de medidas estudado para conter uma onda de violência que começou em 1º de outubro, que deixou 55 palestinos (metade deles agressores), nove israelenses, um eritreu e um árabe-israelense mortos. Também mais de mil pessoas ficaram feridas nos incessantes protestos contra o exército israelense na Cisjordânia e em Jerusalém.

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“Devemos examinar a possibilidade de cancelar sua residência. Devemos realizar um debate sobre o tema”, disse Netanyahu aos seus ministros. Alguns dos ministros disseram ao Times of Israel e ao jornal Israel Hayom que se surpreenderam com a ideia porque significaria mais um passo para a divisão da cidade. “É uma decisão de grande alcance que requer um referendo”, disse o titular de Transporte, Yisrael Katz.

A anexação de Jerusalém foi rejeitada pela comunidade internacional e, de fato, não tem validade fora de Israel. O tema é um dos assuntos centrais do conflito do Oriente Médio, e os palestinos consideram o leste da cidade, incluindo a Cidade Antiga, sua capital. Algumas medidas adotadas pelo governo israelense para conter a violência do último mês, entre elas a instalação de um muro de separação em vários desses bairros, já tinham motivado muitas críticas internas e obrigaram o primeiro-ministro a voltar atrás.

(Da redação)

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