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Hong Kong usa exames de DNA para identificar e expor cidadãos que jogam lixo nas ruas

Por Da Redação
31 Maio 2015, 11h20

Uma inovadora campanha de publicidade da cidade de Hong Kong utiliza exames de DNA para identificar quem suja as ruas e expor seus retratos em lugares públicos com o intuito de corrigir esse comportamento. A iniciativa, chamada de “A cara do lixo” e liderada pela ONG Hong Kong Cleanup em parceria com as revistas Ecozine e Nature Conservancy, atraiu atenção de milhares de pessoas em todo o mundo através das redes sociais. “O impacto foi incrível, recebemos mais de cinco milhões de visitas a nossa página e rede social em menos de quatro semanas”, explicou à Agência Efe a fundadora e diretora da organização, Lisa Christensen, um mês depois do início da campanha, no dia mundial da Terra (22 de abril).

A iniciativa foi idealizada e executada por uma companhia de publicidade local em parceria com a americana NanoLabs Parabon, empresa de biotecnologia especializada em análise de DNA que já ofereceu seus serviços a entidades como a CIA. O primeiro passo consistiu em recolher objetos do lixo, como pontas de cigarro, preservativos e chicletes, para extrair amostras de DNA e tentar identificar os infratores anônimos.

Os resíduos foram enviados ao laboratório americano onde, através de uma análise minuciosa, foi possível criar um perfil das pessoas que os jogaram, incluindo detalhes como o tom de pele, a cor dos olhos e cabelos, a forma do rosto e a ascendência étnica. Tudo isso por meio de um sistema denominado SnapShot, que é capaz de ler dezenas de milhares de variantes genéticas de cada amostra. Apesar dos testes não mostrarem detalhes como a idade, foi possível estimá-la ao relacionar o tipo de lixo examinado e onde tinha sido recuperado.

Os retratos estão sendo exibidos em marquises de ônibus e estações de metrô de Hong Kong. As autoridades esperam que o medo do constrangimento leve à redução de infrações do tipo. No entanto, os rostos mostrados foram de uma dúzia de voluntários. “O propósito da campanha não é o de apontar o dedo a indivíduos específicos, mas o de provocar uma mudança social positiva, através desse método impactante, que esperamos ser suficiente para que as pessoas pensem duas vezes antes de jogar lixo na rua”, disse Christensen. “Hong Kong conta com restrições legais sobre o uso desses métodos e nós as respeitamos”, esclareceu.

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O uso de testes de DNA para resolver crimes ou como medida para aplicar a lei gera polêmica no mundo todo. Os mais críticos acreditam que esse sistema pode dar margem a abusos e à falta de privacidade, enquanto alguns governos são favoráveis a estas análises, incluindo-as em seus procedimentos legais. Desde 2009 a Interpol faz uma lista de 54 países cujas autoridades nacionais contam com bases de dados de DNA, entre eles Austrália, Canadá, França, Alemanha e China. Nos Estados Unidos, comunidades fazem uso do sistema para, através de análise dos dejetos de cachorros, identificar os donos que não recolhem os excrementos de seus animais de estimação.

(com agência EFE)

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