Greenpeace pede desculpas por protesto em Nazca
Ativistas deixaram mensagem em local histórico no Peru. Autoridades do país ameaçam processar envolvidos
O grupo ambientalista Greenpeace pediu desculpas por qualquer “ofensa moral” causada por um protesto realizado nas históricas linhas de Nazca, no Peru. Os ativistas colocaram letras gigantes no solo perto da figura de um beija-flor, formando a frase: “hora da mudança, o futuro é renovável”. A mensagem tinha como objetivo pressionar os negociadores que participam de uma reunião do clima da ONU em Lima.
As Linhas de Nazca são um conjunto de imagens gigantes de plantas e animais, como um macaco, uma aranha e um beija-flor, escavadas no solo há cerca de 1.500 anos. Os desenhos só podem ser vistos do alto, o que é motivo de várias teorias sobre como as sociedades antigas podem ter feito os desenhos.
O governo peruano tenta restringir o controle sobre as visitas ao local, considerado vulnerável. As autoridades do país disseram que os ativistas entraram em uma área proibida. Também ameaçam processar os envolvidos, que poderiam ser condenados a até seis anos de prisão.
Em comunicado, o Greenpeace afirmou que “ao invés de transmitir uma mensagem urgente de esperança e possibilidades para os líderes que participam da cúpula do clima em Lima, fomos descuidados e grosseiros”.
O grupo afirmou ter se encontrado com os responsáveis pelo local para apresentar um pedido de desculpas. “O Greenpeace é responsável por suas atividades e está disposto a enfrentar as consequências justas e razoáveis”, acrescentou, afirmando que irá colaborar com qualquer investigação.
(Com agência Reuters)