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Cuba prende ativistas e cria primeiro atrito com os EUA após reconciliação

Departamento de Estado dos Estados Unidos divulgou nota oficial criticando a perseguição que os críticos do regime sofrem do governo de Raúl Castro

Por Da Redação
31 dez 2014, 13h01

A blogueira cubana de oposição Yoani Sánchez disse nesta quarta-feira que seu marido Reinaldo Escobar foi libertado pelas autoridades durante a noite desta terça, mas que vários dissidentes ainda estão sob custódia, um dia depois que foram presos. A prisão dos civis críticos ao regime provocou críticas do governo dos Estados Unidos. As detenções na capital cubana foram a repressão mais significativa à oposição na ilha comunista desde que Havana e Washington concordaram em 17 de dezembro em restabelecer os laços diplomáticos e encerrar mais de cinquenta anos de hostilidade.

Entre os presos está a artista Tania Bruguera, que realizaria uma performance pública em Havana. “Bruguera encontra-se presa na unidade policial de Acosta, no município de Diez de Octubre, próximo a Havana”, indicou o site dirigido pela blogueira Yoani. Os meios de comunicação oficiais cubanos, que descreveram a performance artística como uma provocação política, não informaram sobre as prisões, que levaram os Estados Unidos a emitir uma nota oficial. “Estamos profundamente preocupados com as últimas informações de detenções por parte das autoridades cubanas de membros pacíficos da sociedade civil e de ativistas”, comunicou o departamento de Estado americano em uma nota.

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“Condenamos fortemente a perseguição contínua do governo cubano e a utilização reiterada da detenção arbitrária, às vezes com violência, para silenciar os críticos, perturbar as reuniões pacíficas e a liberdade expressão, e intimidar cidadãos”, acrescenta o texto.

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Yoani, que disse que seu marido tinha sido levado algemado junto a outro ativista, afirmou que ele voltou para casa durante a noite. Ela agradeceu aos simpatizantes pelo apoio, mas disse que vários dissidentes ainda estavam presos. “É 31 de dezembro e há famílias que não podem comemorar juntas”, escreveu Sánchez no Twitter. “Nós continuamos a protestar em nome daqueles que ainda estão na prisão.”

Cerca de uma dúzia de ativistas – o número exato não foi confirmado pela polícia cubana – foram levados por agentes de segurança, enquanto outros foram orientados a não sair de suas casas, disse Elizardo Sánchez, líder de uma comissão de direitos humanos dissidente que monitora essas detenções. A atitude das autoridades cubanas na terça-feira ocorreu antes de um evento aberto na Praça da Revolução, na capital, em que os ativistas falariam em microfones sobre suas visões de Cuba.

(Com Estadão Conteúdo e agência France-Presse)

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