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Erdogan sofre seu maior revés na Turquia

O presidente, que pretendia mudar a constitução e concentrar ainda mais poder, sequer conseguiu a maioria de 51%. O responsável pela sua derrota foi o partido curdo HDP, que concorreu pela primeira vez e levou 12% dos votos

Por Da Redação
7 jun 2015, 16h33

Com 98,7% dos votos apurados, o partido islamita Justiça e Desenvolvimento (AKP), no poder desde 2002, perdeu sua maioria absoluta nas eleições gerais realizadas na Turquia neste domingo, informa a agência oficial “Anadolu”.

Os resultados indicam que pela primeira vez uma legenda pró-curdos, o Partido Democrático do Povo (HDP), superou a barreira eleitoral de 10% dos votos para conquistar cadeiras no Legislativo.

Até o momento, o AKP obteve 41% dos votos, insuficiente para conquistar a maioria absoluta de 276 cadeiras no parlamento e longe dos 49,8% obtidos no último pleito. Na sequência aparece o secular Partido Republicado do Povo (CHP), com 25,2%, o Partido da Ação Nacionalista (MHP), com 16,5% e o curdo HDP, com 12,5%.

O êxito do HDP impediu que o AKP mantivesse sua maioria absoluta. Segundo uma simulação da repartição das cadeiras feita pela “Anadolu”, 259 deputados serão do AKP, 131 do CHP, 82 do MHP e 78 do HDP.

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De acordo com os dados mais recentes divulgados pelas autoridades turcas, 86% dos 54 milhões de eleitores foram às urnas.

“A decisão do povo é a melhor decisão. Voltaremos a ter dias felizes”, afirmou o primeiro-ministro, Ahmet Davutoglu, que deve dar um discurso mais longo nas próximas horas, em Ancara.

O objetivo do AKP era pelo menos manter sua maioria absoluta ou até mesmo superar os 60% de controle do parlamento para convocar um plebiscito sobre o sistema político do país, que pretende transformar o cargo de presidente, atualmente ocupado por Recep Tayyip Erdogan, em chefe de Estado.

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Mas com o resultado de hoje, o AKP deverá agora formar um executivo de minoria ou propor uma coalizão, possivelmente com o Partido da Ação Nacionalista.

A vitória inédita do HDP contrasta com a situação dos curdos na Síria, Iraque e no Irã, onde são reprimidos pelos terroristas do Estado Islâmico e pelo regiime dos aiatolás xiitas.

(Com agência EFE)

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