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O mistério em torno da sucessão de Kim Jong-Il

Atenção do mundo se volta ao filho caçula do ditador, de quem pouco se sabe

Por Da Redação
28 set 2010, 11h25

Minimizando a importância da nova patente do futuro sucessor, a imprensa do país destacou a reeleição de Kim Jong-Il como secretário-geral do partido – função que desempenha desde 1997

O Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte começa nesta terça-feira uma reunião histórica: a primeira em 30 anos e que irá discutir, entre outros temas, a sucessão de Kim Jong-Il. O encontro ocorre um dia depois do ditador elevar seu filho caçula, Kim Jong-Un, à patente de general. Como o jovem não tem nenhuma experiência militar, a decisão reforça apenas o cumprimento do primeiro estágio de preparação para que assuma o poder do país, segundo analistas.

Por isso, a imprensa mundial luta para saber mais sobre o futuro comandante norte-coreano – que até a recente nomeação nunca havia aparecido em público. Qualquer centímetro que se avance rumo à sucessão do ditador – que está com a saúde bastante debilitada – é acompanhado de perto e ganha imensa repercussão, resultado da atenção conferida a um país que desenvolve um programa nuclear polêmico e vive em clima de hostilidade com a vizinha Coreia do Sul e os Estados Unidos.

Mas um dos principais obstáculos para se decifrar o jovem, que deve ter entre 27 e 28 anos, é a própria imprensa local que segue tentando preservar sua imagem. Apenas duas fotos dele foram divulgadas até agora. Quando foi nomeado general, por exemplo, o nome de Kim Jong-Un foi mencionado pela primeira vez nos meios de comunicação, mas sem o identificar como filho do ditador. Tentando minimizar a importância da escolha do futuro sucessor para o cargo, todos os holofotes do país foram voltados à reeleição de Kim Jong-Il como secretário-geral – o que não causa nenhuma surpresa já que ele desempenha a função desde 1997.

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Comissão – Espera-se que a partir desta terça-feira, durante a conferência extraordinária do partido único, mais um passo importante seja dado referente à troca de poder no país. Pai, filho e demais delegados políticos se reúnem na capital Pyongyang para participar do maior evento do tipo desde que, em 1980, Kim Jong-Il foi nomeado sucessor de seu pai, Kim Il-Sung, fundador da nação. Para a ocasião, o governo preparou o desfile militar mais importante da história, segundo fontes norte-coreanas citadas pela imprensa da Coreia do Sul.

Yang Moo-Jin, especialista em Coreia do Norte da Universidade de Seul, destaca que a “promoção de Kim Jong-Un significa que, sem dúvida, ele é o sucessor” de Kim Jong-Il. “Poderiam acontecer divergências nas esferas do poder, mas um golpe de estado militar ou qualquer outra mudança radical não parecem possíveis, já que as elites consideram que estão no mesmo barco dos Kim”, completa. O analista Paik Hak-Soon, do Instituto Sejong, enfatiza a rapidez com que todo o processo está sendo encaminhado, considerando que isso pode indicar “que a saúde de Kim Jong-Il piora rapidamente”. Do contrário, ele “nunca teria promovido tão rapidamente o filho”, diz.

As especulações sobre o início do processo de sucessão na Coreia do Norte tiveram início quando os serviços de espionagem dos Estados Unidos e da Coreia do Sul confirmaram que o ditador havia sofrido um acidente vascular cerebral, em agosto de 2008.

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