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Medvedev condecora espiões expulsos dos EUA

Há três meses, os dez agentes foram trocados por prisioneiros em um episódio que lembrou a guerra fria

Por Da Redação
18 out 2010, 18h54

Em um episódio digno da guerra fria, o presidente Dmitri Medvedev condecorou, nesta segunda-feira, os espiões russos expulsos em julho dos Estados Unidos. Segundo a porta-voz da presidência russa, Natalia Timakova, membros do SVR (serviço de inteligência exterior), incluindo os deportados há três meses, receberam em uma cerimônia no Kremlin as maiores condecorações do país.

Os dez agentes foram expulsos para Moscou em troca da libertação de quatro prisioneiros russos acusados de espionagem a favor do Ocidente. Na ocasião – continuando a sequência de coincidências com a guerra fria – a cidade de Viena, capital da informação nos tempos da rivalidade americano-soviética, foi escolhida como cenário para a troca de prisioneiros. O dossiê diplomático espinhoso foi destaque na primeira página da imprensa mundial, em meio às preocupações sobre o futuro da retomada das relações russo-americanas abertas pelos presidentes Medvedev e Barack Obama.

Comentaristas na Rússia apontaram o assunto como o uma prova do declínio dos serviços de inteligência do país, com os espiões não colhendo nenhuma informação de valor. Os jornais ironizaram a falta de discrição dos espiões, com alguns se visitando com frequência. Outros falavam inglês com sotaque russo e utilizavam meios de comunicação arcaicos, como o código Morse e tinta invisível.

A imprensa popular, por sua vez, concentrou-se nos encantos de uma das agentes do SVR, a bela Anna Chapman, uma russa que obteve a nacionalidade britânica por casamento. Fotos em que aparece nua foram amplamente divulgadas pelo ex-marido. Dos dez agentes, só ela aparece regularmente em público – comunica-se muito através do Facebook e posou para fotos publicadas em sequência por uma revista russa. Recentemente, foi vista assistindo à decolagem de um foguete transportando dois russos e um americano à Estação Espacial Internacional (ISS).

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O premier Vladimir Putin já havia feito uma homenagem anterior aos dez agentes. No final de julho, algumas semanas após “a troca de espiões”, os recebeu em particular e cantou com eles o hino nacional. “Imaginem só, pesar sempre e falar em outra língua como se fosse a sua, realizar missões de interesse da pátria durante vários anos, não contar nem mesmo com uma cobertura diplomática, colocando em perigo seus familiares e a si próprio”, disse na época, afirmando não ver na detenção dos espiões qualquer fracasso.

(Com agência France-Presse)

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