Europa em alerta por nuvem de cinzas de vulcão da Islândia
Cinzas podem alcançar Grã-Bretanha e causar transtornos para o setor aéreo
Uma erupção do vulcão mais ativo da Islândia colocou a Europa em alerta máximo nesta segunda-feira devido à aproximação de uma nuvem de cinzas à Escócia, ameaçando fechar aeroportos no extremo norte do continente. O vulcão Grimsvotn entrou em atividade no sábado, cobrindo prédios e veículos com nuvens de fumaça de até 20 quilômetros de altura e bloqueando a luz do dia por várias horas nas proximidades do vulcão. Todos os voos domésticos da Islândia foram cancelados e o principal aeroporto do país, Keflavik, foi fechado.
A erupção do vulcão Grimsvotn é a mais poderosa desde 1873 e é mais forte do que a do vulcão Eujafjallajokull, que causou um imenso caos aéreo na Europa no ano passado. Entretanto, segundo especialistas, o impacto no espaço aéreo desta vez deverá ser mais limitado, já que o tipo de cinzas das nuvens são dissipadas com maior facilidade e os ventos estão mais favoráveis este ano. “A diferença no impacto na aviação depende de três fatores: as cinzas provocadas pela erupção, os padrões do clima que sopram as cinzas e as novas regras para liberar voos”, disse o vulcanólogo da Universidade de Edimburgo em seu blog.
Até agora, apenas a Islândia foi afetada pela erupção, porém as nuvens de cinzas podem se espalhar até o sul da Europa durante esta semana. “Se as emissões vulcânicas continuarem com a mesma intensidade, a nuvem poderia chegar ao oeste do espaço aéreo francês e ao norte da Espanha na quinta-feira”, alertou a organização que controla o tráfego aéreo europeu em um boletim.
Grã-Bretanha – Nesta segunda-feira, o centro de meteorologia britânico anunciou que a nuvem de cinzas do vulcão islandês pode atingir o norte da Grã-Bretanha e do Oceano Atlântico já na manhã de terça-feira, acrescentando que isso não significa que o espaço aéreo será fechado, mas existe a possibilidade de atrasos e transtornos.
O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, disse em encontro da União Europeia que ele não espera que o espaço aéreo britânico seja fechado. “Eu acho que estamos muito mais preparados e que teremos informações e inteligência muito melhores que nos permitirão ajustar as coisas sem necessariamente a proibição geral de vôos que houve no ano passado, mas é claro que isso depende de como a situação evoluir.”
(Com agência Reuters)