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EUA: Mitt Romney é vaiado por organização afro-americana

Por Por Nicholas KAMM
11 jul 2012, 19h53

O candidato republicano, Mitt Romney, foi vaiado nesta quarta-feira durante a convenção da maior organização afro-americana dos Estados Unidos, ao propor a revogação da reforma do seguro de saúde de Barack Obama.

O multimilionário, que enfrentará o primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos nas eleições presidenciais do dia 6 de novembro, foi vaiado por cerca de 25 segundos pela Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP).

Romney, que detalhava seu programa, acabava de dizer: “Vou eliminar todos os dispositivos caros e não essenciais que eu possa encontrar, o que inclui a ‘Obamacare'” , apelido pejorativo da reforma do presidente Barack Obama.

Este foi o golpe mais duro desde o início da campanha de Romney, que discursou até este momento para audiências favoráveis.

Os eleitores negros, que majoritariamente apoiam Barack Obama, defendem a reforma da saúde, que prevê estender a cobertura da saúde para 32 milhões de americanos menos favorecidos. Esta reforma, promulgada em 2010, recebeu no final de junho o sinal verde do Supremo Tribunal.

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Os republicanos, maioria na Câmara dos Deputados, agendaram para esta quarta-feira uma votação para abolir esta reforma, mas essa posição não tem chances de ser seguida pelo Senado, onde os democratas detêm a maioria.

Ao comentar a decisão do Supremo Tribunal Federal, Romney considerou que a única maneira de revogar a reforma da saúde será vencer Obama em novembro. Ele assegurou que, se eleito, abolirá a lei em seu primeiro dia na Casa Branca.

Barack Obama não tem planos de participar da convenção da NAACP, que é realizada em Houston, Texas (sul), entre os dias 7 e 12 de julho, mas enviou o seu vice-presidente Joe Biden e seu ministro da Justiça, Eric Holder.

Durante a campanha presidencial de 2008, Obama e seu rival na época, John McCain, tomaram a palavra diante desta organização fundada em 1909. Obama também participou da mesma convenção no ano seguinte como presidente.

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Para Romney, conquistar pelo menos uma parte do eleitorado negro pode ser crucial para vencer em estados estratégicos, como a Carolina do Norte (sudeste).

“Se eu não acreditasse que a minha política pudesse ajudar as famílias de cor – de todas as cores – (…) eu não seria candidato à Presidência”, disse em seu discurso.

Romney reconheceu que as dificuldades econômicas afetam mais os negros nos Estados Unidos. “É pior para os afro-americanos em todos os níveis”, disse. “Eu estou concorrendo para presidente porque sei que o meu programa político vai ajudar centenas de milhões de americanos da classe média de todas as raças”, acrescentou.

O comitê de campanha de Obama refutou os argumentos de Romney, indicando em um comunicado difundido na manhã desta quarta-feira que “o discurso de Mitt Romney à NAACP seria incapaz de esconder o fato de que ele sempre se opôs as medidas que têm ajudado a comunidade negra americana”.

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Sobre isso, um porta-voz da equipe democrata, Danny Kanner, citou “o plano de estímulo (de 2009), o resgate do setor automotivo e o maior acesso aos cuidados de saúde”, e afirmou que o programa econômico de Romney favorece, segundo ele, “os milionários e bilionários” à custa dos negros.

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