Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cairo registra 16 mortes em manifestação de apoio a Mursi

Enfrentamento ocorreu depois do discurso em que o presidente egípcio rejeitou o ultimato dos militares e garantiu que vai defender o mandato com a vida

Por Da Redação
3 jul 2013, 02h57

Pelo menos 16 pessoas morreram e outras duzentas ficaram feridas na madrugada desta quarta-feira durante uma manifestação de partidários do presidente egípcio Mohamed Mursi. Os enfrentamentos aconteceram nos arredores da Universidade do Cairo, onde se concentravam grupos que apoiam o presidente. Os partidários de Mursi relataram que homens não identificados abriram fogo contra a manifestação. Mais cedo, outras sete pessoas haviam morrido em confrontos durante os protestos no país.

Leia também:

Desafiador, Mohamed Mursi diz na TV que não vai renunciar

Plano do Exército prevê nova Constituição e gabinete interino

Continua após a publicidade

Entenda o caso

  1. • Na onda das revoltas árabes, egípcios iniciaram, em janeiro de 2011, uma série de protestos exigindo a saída do ditador Hosni Mubarak, há trinta anos no poder. Ele renunciou no dia 11 de fevereiro.
  2. • Durante as manifestações, mais de 800 rebeldes morreram em confronto com as forças de segurança de Mubarak, que foi condenado à prisão perpétua acusado de ordenar os assassinatos.
  3. • Uma Junta Militar assumiu o poder logo após a queda do ditador e até a posse de Mohamed Mursi, eleito em junho de 2012.
  4. • Membro da organização radical islâmica Irmandade Muçulmana, Mursi ampliou os próprios poderes e acelerou a aprovação de uma Constituição de viés autoritário.
  5. • Opositores foram às ruas protestar contra o governo e pedir a renúncia de Mursi, que não conseguiu trazer estabilidade ao país nem resolver a grave crise econômica.

Leia mais no Tema ‘Revolta no Egito’

Desafio – As novas mortes no Egito ocorreram momentos depois que o presidente do país deu um pronunciamento na televisão defendendo a legitimidade de seu governo e prometendo proteger o seu mandato com a própria vida. “Eu não tenho opção. Eu assumi a responsabilidade e vou continuar assumindo”, disse. O discurso acontece às vésperas do fim do ultimato dado pelos militares para que Mursi chegue a um acordo com os opositores e encerre a crise política no país. O prazo termina na tarde desta quarta-feira.

Mursi ressaltou que é o primeiro presidente democraticamente eleito no país e que as eleições foram livres e representativas do desejo popular. E culpou aliados do ditador Hosni Mubarak pelos problemas do país. “Remanescentes do antigo regime e sua falta de vontade de seguir em frente tentam manter o Egito em um impasse – isso é inaceitável”.

Continua após a publicidade

Exército – Em resposta a Mursi, as Forças Armadas publicaram um comunicado declarando que o Exército está pronto para “derramar o próprio sangue” para defender o país de “terroristas, extremistas ou ignorantes”. Uma fonte opositora não identificada pela agência Reuters classificou o pronunciamento de “chamado à guerra civil” e acrescentou que os protestos pacíficos vão continuar.

Tensão – A fala de Mursi vem em mais um dia de grandes protestos no país. Em meio a temores de uma guerra civil, os militares estão de prontidão. Desde a última semana, às vésperas do aniversário de um ano da posse do presidente, milhares de pessoas foram às ruas para pedir sua renúncia. No entanto, apoiadores de Mursi também se manifestaram e confrontos entre as duas partes foram registrados.

(Com agência France-Presse)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.