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Hostilizado, Ronaldinho Gaúcho provoca gremistas no RS

Flamengo foi derrotado, de virada, por 4 a 2 no Estádio Olímpico. Chamado de 'mercenário', o camisa 10 respondeu aos torcedores no fim do jogo

Por Lucas Azevedo, de Porto Alegre
30 out 2011, 18h02

E os gremistas sentiram-se vingados neste domingo. Ronaldinho Gaúcho voltou ao Estádio Olímpico, em Porto Alegre, eleito pelos torcedores o inimigo número 1 do Grêmio, jogou os 90 minutos muito vaiado e saiu de campo derrotado – o clube gaúcho venceu o Flamengo por 4 a 2. Mas o agora flamenguista não deixou de provocar: “Pra quem está acostumado com a torcida do Flamengo, isso não é muito barulho”.

O camisa 10 voltou, pela primeira vez desde que aceitou a proposta do Flamengo, a entrar no estádio que o alçou ao estrelato, mas onde agora é visto como traidor. Neste domingo, Ronaldinho conheceu o vestiário de visitantes do Olímpico. O jogador já havia saído do clube sob protestos da torcida em 2001, ano em que se transferiu para o Paris Saint-Gérman. Dez anos depois, quando a ira da torcida se acalmara e os gremistas já saudavam seu retorno, o craque trocou o clube gaúcho pelo Flamengo.

Reprodução/Facebook Geral do Grêmio

Torcida do Grêmio protesta contra Ronaldinho Gaúcho, antes da partida entre Grêmio e Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro - 30/10/2011
Torcida do Grêmio protesta contra Ronaldinho Gaúcho, antes da partida entre Grêmio e Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro – 30/10/2011 (VEJA)

Há muito esperada, a partida deste domingo foi sinônimo de espetáculo dentro de campo – e de educação fora dele. A tão aguardada vingança gremista se resumiu a vaias e pequenas faixas, muito aquém do imaginado pela polícia e pela própria direção do Flamengo. Mas houve protestos, como era de se esperar.

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Em um deles, torcedores do Grêmio aguardaram a saída do Flamengo do hotel rumo ao estádio para proferir xingamentos ao jogador. A polícia chegou a intervir, mas não houve violência. Na chegada ao estádio Olímpico, às 14h45, Ronaldinho foi o último a deixar o ônibus. Os primeiros a sair do coletivo foram oito seguranças do Flamengo, que rapidamente formaram um cordão de isolamento. Entretanto, poucos torcedores gremistas se deram conta da aproximação do ônibus. Já a Brigada Militar agiu rápido, contendo a torcida tricolor, que resumiu os protestos a gritos de longe.

Do lado de fora do Olímpico, panfletos imitando notas de real com o rosto de Ronaldinho cobriam o chão do estacionamento. Algumas pequenas faixas com os dizerem “pilantra” e “traíra” circulavam de mão em mão entre os gremistas.

Ao ser citado pelos alto-falantes na apresentação da equipe carioca, Ronaldinho recebeu sua primeira vaia em uníssono. A segunda veio minutos depois, quando o jogador – último atleta do Flamengo a entrar em campo – chegou ao gramado.

Dado o apito inicial, a cada toque que dava na bola, Ronaldo ganhava uma vaia. Uma falta na entrada da área gremista nos primeiros minutos de jogo apresentou o Ronaldinho flamenguista à defesa gremista. Enquanto se preparava para cobrar a penalidade – quando colocou a bola no travessão -, a torcida tricolor “saudava” seu ex-ídolo aos gritos de “pilantra” e “mercenário”.

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Personagem de destaque, Ronaldinho foi o último a deixar o campo e ir para o vestiário durante o intervalo. E nenhum objeto foi atirado das arquibancadas contra o jogador – como temia a presidência gremista.

As vaias foram ouvidas por todo jogo. Ao final da partida, após a vitória de 4 a 2 de virada, os torcedores se aglomeraram na saída do ônibus que levou os atletas do time carioca embora. O veículo deixou o estádio Olímpico com um forte aparato policial. Empunhando faixas e entoando os mesmos cânticos da partida, alguns torcedores gaúchos foram além: deserdaram Ronaldinho do título de gaúcho. Para os gremistas, ele agora é Ronaldinho Carioca.

Edu Andrade/Folhapress

Torcedor do Grêmio protesta contra Ronaldinho Gaúcho, antes da partida contra o Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro - 30/10/2011
Torcedor do Grêmio protesta contra Ronaldinho Gaúcho, antes da partida contra o Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro – 30/10/2011 (VEJA)
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