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‘Rio 2’: versão dublada em português é a original

No Brasil, o diretor Carlos Saldanha conta que se inspirou no carimbó, no maracatu e na ciranda. Filme tem estreia marcada para o próximo dia 27

Por Da Redação
17 mar 2014, 21h24

Se você quiser assistir à versão original de Rio 2, que estreia nos cinemas de todo o país no próximo dia 27, nem pense em procurar pela cópia legendada. O diretor Carlos Saldanha contou nesta segunda-feira que a trilha sonora do filme foi toda criada em português e só depois passada para o inglês. “A gente começa tudo em português: roteiros, melodia, música e história. As canções que você escuta na versão dublada são, na verdade, as originais. Os Estados Unidos ficaram com a tradução”, afirmou ele, em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, para divulgar o filme, ao lado dos músicos Sérgio Mendes, Carlinhos Brown e do ator Rodrigo Santoro – que empresta a voz ao ornitólogo Túlio tanto em português quanto em inglês.

Na sequência, o casal de araras, Blu e Jade, e seus três filhos partem da cidade maravilhosa para uma aventura na Amazônia. Saldanha admite que quis um filme mais infantil e diz que foi buscar inspiração em ritmos tradicionalmente brasileiros, como o carimbó, o maracatu e a ciranda. “A gente pediu esse pout-pourri de Norte e Nordeste. Os pássaros usam as asas como as cirandeiras usam as saias. Os espirais vêm da quadrilha. Quando as pessoas falam que o filme é hollywoodiano, na verdade não é bem isso.” Mendes detalha: “A gente primeiro cria as letras em português. Quando são aprovadas, fazemos a conversão. Mas pedimos aos letristas que mantivessem, em inglês, a sonoridade brasileira”.

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O novo filme aborda também o problema do desmatamento na Floresta Amazônica, com o perigo que isso representa ao ecossistema, e usa como exemplo o perigo de extinção das aves protagonistas, as araras azuis. No caminho a família percorre grande parte do Brasil, incluindo Ouro Preto (MG), Brasília e Salvador. “Queria um cenário diferente do explorado no primeiro filme, pois já tinha mostrado o Carnaval. Agora, aparece outro grande evento do Rio de Janeiro, que é a noite de Ano Novo”, adiantou Saldanha, referindo-se à cena inicial do novo longa. “Queríamos mostrar também a diversidade musical do Brasil, o sabor do Amazonas, da Bahia e do Rio de Janeiro”, acrescentou Sergio Mendes.

Para dar vida ao cientista Túlio, Rodrigo Santoro contou que seu objetivo era conseguir falar o que ele chama de “passarinhês”. “Quando conectava, quando me via, estava batendo asa e tentando me comunicar com os pássaros”, ri. O ator revela ainda que achou mais fácil o trabalho em sua língua nativa. “As inflexões em inglês são diferentes. Não adianta traduzir, tem de encontrar uma nova forma. Foi bem mais fácil fazer em português.” Ele disse ainda que se divertiu tanto fazendo o primeiro filme que quando veio o convite para o segundo, aceitou quase imediatamente. “É uma experiência muito prazerosa. É um exercício criativo quando você procura encontrar a alma do personagem através da voz.”

(Com agência EFE)

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