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Corpo de Inezita Barroso é velado em São Paulo

O governador Geraldo Alckmin e o cantor Rolando Boldrin são algumas das personalidades que passaram pelo funeral

Por Da Redação
9 mar 2015, 15h11

A cantora Inezita Barroso, morta neste domingo, aos 90 anos, está sendo velada por amigos e familiares na Assembleia Legislativa de São Paulo. Como a cantora pediu à filha, Marta Barroso, a bandeira da cidade de São Paulo foi colocada acima de seu caixão, além de outra do clube Corinthians, adicionada pela família.

Internada desde o dia 19 de fevereiro, Inezita morreu devido a insuficiência respiratória aguda. O velório aberto ao público já recebeu a presença de personalidades, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin; Nico Prado, diretor do programa Viola, Minha Viola; Joãozinho, violeiro que trabalhava com ela na atração da TV Cultura; a dupla Lourenço e Lourival; o apresentador e cantor Rolando Boldrin; e o humorista Ary Toledo.

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Na internet, a comoção pela morte de Inezita levou músicos e nomes da TV brasileira a prestarem sua homenagem.

Paulistana da Barra Funda, onde nasceu Ignez Magdalena Aranha de Lima em 1925, Inezita cairia de amores pela música caipira já na infância, a partir das viagens à fazenda da família, no interior paulista. O aprendizado musical teve início cedo para Inezita. Aos 7 anos, ela já cantava e estudava violão. Aos 11, aprendeu a tocar piano. Já a carreira musical começou depois dos 20 anos, na década de 1950, durante um recital no Teatro Santa Isabel, no centro da capital pernambucana. A apresentação levaria Inezita a assinar contrato com a Rádio Clube do Recife. Era apenas o início de uma longa e prolífica carreira artística – que teria no programa da TV Cultura um de seus pontos mais marcantes.

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Apresentadora – Inicialmente uma convidada fixa do Viola, Minha Viola, Inezita conquistou o público com seu carisma logo em suas primeiras participações. No terceiro mês de vida do programa, em agosto de 1980, ela já ocupava o posto de apresentadora. Durante suas mais de 1.500 edições, o Viola Minha, Viola se firmou como uma peça essencial na valorização e até mesmo no registro histórico da música e do folclore caipiras e da moda de viola. No palco comandado com desenvoltura por Inezita, passaram os principais nomes do sertanejo, como Tonico e Tinoco, Milionário e José Rico, Chitãozinho & Xororó, Pena Branca e Xavantinho, Almir Sater, Sergio Reis, entre muitos outros.

A grande contribuição de Inezita para a cultura brasileira à frente do Viola, Minha Viola, porém, é apenas uma faceta da trajetória de mais de 60 anos da artista. Cantora, acadêmica, atriz e apresentadora, ela dedicou sua vida à música caipira e nunca parou de produzir. Dona de um vozeirão marcante, gravou mais de 80 discos na carreira e recebeu inúmeras honrarias, incluindo o Grande Prêmio da Crítica da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 2010, em reconhecimento à importância de sua obra. Entre seus maiores sucessos estão Moda da Pinga, Lampião de Gás e Ronda.

Como atriz, esteve principalmente em filmes dos anos 1950, vencendo o Prêmio Saci pela atuação emMulher de Verdade (1954). Com vocação para o pioneirismo, participou da transmissão inaugural da TV Tupi, emissora na qual apresentou diversos programas. A partir de 1954 passou a se apresentar na TV Record, onde entrou como primeira cantora contratada.

Da formação em Biblioteconomia pela USP (Universidade de São Paulo), ela emprestaria as técnicas de pesquisa e catalogação que fariam dela uma grande estudiosa da música e do folclore caipiras. Inezita percorreu o interior do país por conta própria, registrando histórias e canções. Por seu trabalho, recebeu o título de doutora Honoris Causa em Folclore pela Universidade de Lisboa.

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