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TJ-SP decide que corte de salário de professores em greve é ilegal

Professores tiveram o primeiro corte no holerite neste mês. Governador Geraldo Alckmin defendeu o corte de salário

Por Da Redação
8 Maio 2015, 14h54

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) acatou nesta quinta-feira a ação preventiva do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e decidiu que é ilegal o corte dos salários dos professores em greve na rede estadual. Em greve há 55 dias, alguns professores tiveram descontos de até 50% nos salários por conta dos dias parados.

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De acordo com a decisão da juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 4ª Vara de Fazenda Pública, a greve é um direito previsto pela Constituição Federal e, “até que haja solução sobre a legalidade ou não do movimento”, o desconto salarial pelos dias de paralisação e corte de ponto é “prematuro”. A decisão liminar ainda estipula multa de R$ 5 mil por cada dia de descumprimento.

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Os docentes tiveram o primeiro corte no holerite neste mês. Parte desses professores foi surpreendida ao receber uma quantia inferior a um salário mínimo. O piso da categoria para 40 horas é de R$ 2,4 mil. Nesta quarta-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu o corte de salário. “Governo não faz o que quer, não tem essa liberalidade. Se (o professor) dá aula, tem frequência; se não dá aula, não tem frequência. Como vai dar frequência para quem não dá aula? Isso é prevaricação”, afirmou. Ao final da reunião de conciliação no TJ na tarde desta quinta-feira, que terminou sem acordo, o secretário de Educação Herman Voorwald também defendeu o corte de salário. “Essa é a reação da secretaria, em respeito aos professores que estão trabalhando”.

Os professores querem aumento salarial de 75,33%, entre outras reivindicações. O governo estadual alega que o salário dos docentes, de 2.415,89 reais, é 25% superior ao piso nacional, de 1.917,78 reais. A secretaria ainda afirma que, em conjunto com os servidores, foi construída uma política salarial que concedeu 45% de aumento nos últimos quatro anos e o último reajuste se deu há oito meses.

A secretaria mantém as recomendações de que os pais encaminhem seus filhos normalmente às escolas, já que as aulas não estão suspensas. O órgão afirma também que as aulas não serão estendidas para compensar o período de paralisação, uma vez que cerca de 35.000 professores substitutos estão suprindo a ausência dos docentes que se encontram em greve.

(Com Estadão Conteúdo)

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