Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Pessimismo marca abertura de reunião climática da ONU

A maioria dos países defende a prorrogação do Protocolo de Kyoto, mas impasse sobre responsabilidades das nações ricas e em desenvolvimento é obstáculo para um novo acordo

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h25 - Publicado em 26 nov 2012, 13h59

Apesar do crescente alarme sobre a mudança climática, as 194 nações reunidas a partir desta segunda-feira em Doha, no Catar, na 18ª Cúpula das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-18), pouco terão a oferecer além de palavras sobre a necessidade de conter as emissões de gases do efeito estufa.

O provável fracasso na definição de uma prorrogação significativa do Protocolo de Kyoto – tratado que obriga nações desenvolvidas a reduzirem suas emissões – deve também enfraquecer a busca por um novo acordo que junte países ricos e pobres na luta contra o aquecimento global a partir de 2020. “A situação é muito urgente. Não podemos mais dizer que a mudança climática é um problema para amanhã”, disse Andrew Steer, presidente do Instituto dos Recursos Mundiais, de Washington.

Há dois anos, numa conferência semelhante, os países da ONU decidiram limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais. Mas as emissões de gases do efeito estufa bateram um novo recorde em 2011, apesar da desaceleração da economia global. Na semana passada, um estudo divulgado pela ONU mostrou que o mundo caminha para um aumento de 3ºC a 5ºC nas suas temperaturas médias, o que pode influenciar a ocorrência de eventos climáticos extremos, como inundações, secas, ondas de calor e elevação dos níveis dos mares.

“Uma resposta mais rápida à mudança climática é necessária e possível”, disse Christiana Figueres, diretora do Secretariado de Mudança Climática da ONU, em nota na qual apresentou as expectativas para o encontro.

Leia também:

Meta de limitar o aquecimento global a 2ºC é irreal, mostra relatório da PwC

Meta de redução de emissões para 2020 está mais difícil de ser alcançada, diz ONU

Conheça a história das COP

COP-18 – A reunião acontece num amplo centro de convenções do Catar – primeiro país da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) a receber a conferência climática anual, e o país com a maior taxa per capita de emissões de gases do efeito estufa, quase o triplo da média norte-americana. Ao todo, participam representantes de 194 países na conferência, que vai até 7 de dezembro. A partir do dia 4, os negociadores receberão mais de 100 ministros de estado que tentarão concluir um acordo.

Continua após a publicidade

Para manter alguma ação climática em vigor, a maioria dos países é favorável à prorrogação do Protocolo de Kyoto, que foi adotado em 1997 e expira no final de 2012. Esse tratado obrigava as nações desenvolvidas a reduzirem suas emissões num volume médio de 5,2% em relação aos níveis de 1990.

Mas os Estados Unidos nunca concluíram sua adesão ao tratado, enquanto Rússia, Japão e Canadá se desvincularam nos últimos anos. Assim, restaram como principais aderentes a União Europeia e a Austrália, que representam apenas 14% das emissões mundiais. As nações não-participantes dizem que não faz sentido prorrogar o Protocolo de Kyoto se grandes economias em desenvolvimento, como China, Índia, Brasil e África do Sul, não sofrerem restrições legais ao aumento das suas emissões.

Os países em desenvolvimento e os apoiadores de Kyoto, por sua vez, dizem que os países desenvolvidos precisam liderar o movimento rumo a um novo acordo global, a ser negociado até o final de 2015, para entrar em vigor em 2020.

(Com Reuters e agência France-Presse)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.