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Líderes são os mais saudáveis do bando, diz estudo

Análise mostra que os machos alfa de babuínos do Quênia são menos propensos a ficar doentes e se recuperam mais rapidamente de lesões

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h36 - Publicado em 22 Maio 2012, 17h48

Machos no topo da pirâmide social têm o sistema imunológico mais eficiente e conseguem se recuperar de lesões mais rapidamente que os demais membros de seu bando. É o que diz um estudo publicado nesta segunda-feira no periódico PNAS, feito a partir da observação de grupos de babuínos.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Social status predicts wound healing in wild baboons

Onde foi divulgada: Proceedings of the National Academy of Sciences

Quem fez: Elizabeth A. Archie, Jeanne Altmann, e Susan C. Alberts

Instituição: Universidade de Notre Dame, Estados Unidos

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Dados de amostragem: 166 babuínos machos, ao longo de 27 anos

Resultado: Apesar de fatores considerados imunossupressores, como o alto nível de testosterona e o custo reprodutivo do acasalamento, machos em posições mais altas na hierarquia dos babuínos demonstraram ter um sistema imunológico mais eficiente e capaz de curar mais rápido os ferimentos.

Cientistas da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, estudaram dados de babuínos do Quênia coletados ao longo de 27 anos e descobriram que os machos alfa eram menos propensos a ficar doentes e se recuperavam mais rapidamente de suas lesões do que aqueles que ocupavam posições sociais mais baixas.

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Os cientistas basearam-se na observação de 166 babuínos machos adultos entre 1982 e 2009. Foram analisadas as lesões sofridas em lutas, como cortes e contusões, e o tempo que cada animal levou para se recuperar.

Stress – O resultado surpreendeu os cientistas. Pesquisas anteriores mostraram que os machos em posições mais altas dentro da hierarquia do grupo enfrentam muito stress e costumam se acasalar com bastante regularidade, o que deveria fragilizar seu sistema imunológico. Mas os autores da pesquisa encontraram uma explicação: o stress crônico que os machos de menor status enfrentam e o mau condicionamento físico podem explicar as diferenças entre os dois escalões.

“Sempre se discutiu se o stress de estar no topo da pirâmide social compensa ou não”, afirma a autora principal do estudo, Beth Archie, bióloga da Universidade de Notre Dame. “Nossos resultados sugerem que, por mais que os animais vivenciem o stress tanto no topo como na base da pirâmide, diversos fatores relacionados às posições mais altas ajudam a proteger os machos dos efeitos negativos do stress.”

Contudo, os dados não permitem dizer se os babuínos atingiram um alto patamar na escala social pela superioridade de seu sistema imunológico ou, ao contrário, se o status social condicionou a boa saúde dos machos alfa.

(Com agência France-Presse)

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